Autoridades turcas demitiram neste domingo (8) mais de 18 mil funcionários por supostos laços com grupos terroristas. O movimento ainda é consequência da tentativa de golpe militar de 2016, e acontece enquanto o presidente Recep Tayyip Erdogan inicia um novo mandato com amplos poderes executivos.
Um decreto de emergência publicado no Diário Oficial da Turquia listou os demitidos, dizendo que eles haviam sido "removidos do serviço público" por causa de seus supostos vínculos com organizações que "agem contra a segurança nacional".
A lista, que foi revisada durante uma reunião de gabinete convocada por Erdogan no mês passado, incluiu cerca de 9.000 policiais, mais de 6.000 militares e cerca de 1.000 funcionários do Ministério da Justiça.
O decreto foi publicado na véspera de uma cerimônia em Ancara, capital da Turquia, durante a qual Erdogan deve tomar posse para um novo mandato de cinco anos após sua vitória na eleição presidencial, realizada em 24 de junho.
Com sua reeleição, Erdogan ganhou mais poder em relação aos poderes Legislativo e Judiciário, devido a mudanças constitucionais que os eleitores aprovaram no ano passado.
Algumas autoridades do governo disseram que com tais poderes, Erdogan não precisará estender a "regra extraordinária", que permite medidas policiais excepcionais e medidas tomadas por decreto, e que está em vigor desde a tentativa de golpe em julho de 2016. Fonte: Dow Jones Newswires.