A União Europeia afirmou hoje que a Turquia precisa, "com urgência", conter o fluxo de imigrantes irregulares que chegam à Grécia.
A UE conta com a ajuda de Ancara para ajudar na crise de imigração, e no ano passado criou um plano de US$ 3,4 bilhões para ajudar o país a lidar com os cerca de 2,75 milhões que chegaram em território turco. Desde o ano passado, cerca de 880 mil pessoas cruzaram a Turquia em direção à Grécia, e depois para a Alemanha e o resto da Europa.
Segundo a Comissão Europeia, o braço executivo da UE, a resposta da Grécia à crise de refugiados também continua lenta. Segundo a entidade, o país não está devolvendo imigrantes que não qualificam para o pedido de asilo.
Um documento divulgado hoje afirma que a criação de equipes especializadas em registrar imigrantes, as chamadas hotspots, tem sido lenta. "Apenas uma das equipes está inteiramente operacional". A Grécia deveria ter cinco equipes instaladas no momento.
A Comissão Europeia pediu aos demais países dos Bálcãs que forneçam mais abrigos para os refugiados. No ano passado, líderes da região prometeram prover abrigos para 50 mil pessoas. No entanto, apenas metade da promessa foi cumprida, disse a entidade.
Hoje, o presidente da Turquia, Recep Tayyp Erdogan, rebateu as críticas feitas pelas Nações Unidas de que seu país deveria abrir suas fronteiras para que as dezenas de milhares de refugiados sírios consigam cruzar seu território.
Segundo Erdogan, a ONU é que é vem tendo problemas em lidar com a crise, deixando seu país com grande parte do fardo. "Quantos refugiados a ONU recebeu?", disse o presidente da Turquia, país que já recebeu 2,5 milhões de refugiados desde o início da guerra civil no país vizinho. Fonte: Associated Press.