Os líderes da União Europeia afirmaram que estão evitando amplas sanções econômicas contra a Rússia, em parte por causa de receios de que tais medidas provem ser um tiro no pé e prejudiquem suas próprias economias. O debate está sendo feito depois de a Rússia ter anexado a região da Crimeia a seu território no começo desta semana.
Os chefes de Estado europeus insistem que estão preparados para tomar medidas mais firmes, como um embargo ao comércio de armas e restrições bancárias, caso a Rússia tente anexar outras partes da Ucrânia. Por enquanto os líderes da União Europeia dizem que vão se limitar a acrescentar indivíduos à lista de proibição de viagens e congelamento de ativos, e a cancelar a cúpula UE-Rússia que estava marcada para junho.
Na cúpula da UE que está sendo realizada hoje em Bruxelas, e que terminará amanhã, a Lituânia propôs que dezenas de indivíduos adicionais sejam incluídos na lista de sanções, de acordo com uma pessoa que viu a proposta. Assim como outros países vizinhos à Rússia e que já estiveram sob dominação comunista, a Lituânia tem sido especialmente explícita em seus alertas contra os movimentos de Moscou.
Já o Chipre, que é um dos destinos favoritos dos russos por causa dos bancos e das praias, quer manter a lista de proibição de viagens pequena. "Quanto maior ela for, mais estaremos com problemas", disse uma autoridade do governo cipriota. Nicos Anastasiades, presidente do Chipre, afirmou que a UE precisam buscar "medidas que não tenham efeitos colaterais sobre nossas economias".
Ainda não está claro o que provocaria uma intensificação das sanções, como, por exemplo, a adoção de punições amplas no front econômico. Os líderes geralmente citam uma entrada militar da Rússia no leste da Ucrânia, além da Crimeia, como um possível motivo para isso. No entanto, as declarações em relação ao tema são vagas.
Uma punição econômica poderia ter impactos significativos. A Rússia é o terceiro maior parceiro comercial da UE, depois de EUA e China, enquanto a UE é o maior parceiro comercial da Rússia. Em 2012, a UE importou US$ 293 bilhões em produtos russos, a maioria do setor de energia, e exportou US$ 170 bilhões, de acordo com documentos do bloco europeu. Fonte: Dow Jones Newswires.
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