Novela

UFMG anuncia liberação de verbas de custeio que haviam sido retiradas pelo governo federal

Hermano Chiodi
hcfreitas@hojeemdia.com.br
16/12/2022 às 20:11.
Atualizado em 16/12/2022 às 20:12
Greve foi iniciada no dia 11 de março e os TAEs voltaram ao trabalho em 2 de julho (Marcílio Lana / UFMG)

Greve foi iniciada no dia 11 de março e os TAEs voltaram ao trabalho em 2 de julho (Marcílio Lana / UFMG)

A Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) anunciou que o governo federal liberou, nesta sexta-feira (16), os recursos que tinham sido retirados das contas da universidade devido a um corte orçamentário feito pelo Ministério da Educação. Por causa do bloqueio de recursos, a UFMG teve que suspender pagamentos a bolsistas e funcionários terceirizados da instituição. 

Segundo a universidade, o bloqueio prejudicou o pagamento de aproximadamente 1,6 mil bolsistas dos programas de ensino e extensão,  1,7 mil profissionais terceirizados, além das contas de água, luz e telefonia, que ficaram atrasadas. Além disso, cerca de 2,3 mil pós-graduandos (mestrado, doutorado e pós-doutorado) também receberam suas bolsas com atraso.

A UFMG sofreu quatro contingenciamentos em 2022, mas o de dezembro foi o mais prejudicial para as suas contas, diz a assessoria da Universidade. Por causa dos atrasos, funcionários da universidade realizaram uma manifestação nessa quinta-feira (15) exigindo os salários.

A reitora da UFMG, professora Sandra Regina Goulart Almeida, disse que a notícia traz alívio, mas a situação está longe de ser resolvida. “Vivemos dias de grande aflição com bolsistas e profissionais terceirizados sem receber seu pagamento, o que nos obrigou, por exemplo, a subsidiar a alimentação de estudantes de pós-graduação da Capes e de bolsistas dos nossos programas de graduação e extensão”, afirmou.

De acordo com a reitora, o orçamento da UFMG para este ano já era insuficiente para pagar todas as contas da universidade e ficou ainda mais prejudicado com o pagamento de multas em virtude dos atrasos de pagamentos. Ela classificou os sucessivos bloqueios de “injustificáveis e injustos” e que comprometeram as contas da universidade em 2023.  “O corte efetuado em maio, no valor de R$ 16 milhões, não foi revertido e terá fortes consequências no próximo ano”, prevê.

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