Professores decidiram retornar aos trabalhos após 51 deias de greve
Criação dos três cursos atende a fortes demandas da sociedade, informa a UFMG (Marcílio Lana / UFMG)
Após 51 dias de greve, professores da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) vão voltar ao trabalho nesta segunda-feira (10). A decisão apertada saiu após votação em assembleia realizada na quarta-feira (5). Foram 201 votos favoraveis ao retorno das atividades, contra 179 pela manutenção da paralisação. Mais 16 professores se abstiveram.
De acordo com o Sindicato dos Professores de Universidades Federais de Belo Horizonte, Montes Claros e Ouro Branco (APUBH), apesar da decisão, os profissionais da UFMG seguem em estado de greve.
“A assembleia deliberou pelo término da greve, mas pela continuidade da luta. Significa que não estamos de acordo com a proposta feita pelo governo e, por isso, vamos continuar lutando. As aulas voltam no dia 10 de junho. E o estado de greve permanece como forma de apoio ao Movimento Nacional dos Técnicos Administrativos e Professores”, enfatizou Maria Rosário, presidente da APUBH.
Votação para o retorno das atividades durante assembleia dos professores (APUBH/Divulgação)
Segundo ela, o movimento grevista avalia que os 51 dias de paralisação foram positivos. "Foi uma grande vitória para os professores da UFMG. Conseguimos colocar em discussão as pautas que precisávamos e que estão ligadas à precarização da universidade e da nossa carreira, a desvalorização do nosso salário e do profissional”, detalhou.
Já a greve dos técnicos administrativos em educação (TAEs), iniciada em 11 de abril, segue sem alterações.
Na próxima terça-feira (11/6), há previsão de reunião do Conselho de Ensino, Pesquisa e Extensão (Cepe), para debater os ajustes para o calendário acadêmico.
O movimento estudantil também convocou uma assembleia geral dos estudantes na sexta-feira (7/6) para debater os rumos da greve estudantil, que foi deflagrada em 29 de abril.
Em nota, a UFMG informou que a instituição vai aguardar o retorno dos docentes às atividades para avaliar possíveis alterações no calendário escolar.