Sobe para oito o número de prédios ocupados na Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) contra a Proposta de Emenda Constitucional (PEC) 55/2016, que fixa o teto dos gastos públicos e que tramita no Senado Federal. Desde a manhã desta segunda-feira (31), o movimento Ocupa Tudo UFMG se instalou em mais dois locais dentro do campus Pampulha: a Faculdade de Filosofia e Ciências Humanas (Fafich) e a Escola de Ciência da Informação (ECI).
Além desses locais, já estavam ocupados o Centro de Atividades Didáticas de Ciências Naturais (CAD1), Faculdade de Educação (FaE), Centro de Atividades Didáticas de Ciências Humanas (CAD2), Instituto de Geociências (IGC), Escola de Arquitetura e a Faculdade de Letras (Fale).
A decisão de se manter dentro da universidade e ampliar a ocupação aconteceu após o Ministério da Educação solicitar a desocupação de todas as instituições de ensino ocupadas no país até está segunda-feira (31).
Segundo o MEC, o objetivo é garantir que o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) ocorra sem qualquer tipo de problema. “Caso as ocupações sejam mantidas, prejudicando os alunos que fariam prova nesses locais, o Inep [Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Aníseio Teixeira] terá de fazer a prova em outra data para aqueles estudantes que não conseguiram", disse a assessoria.
Por meio de nota, o Ocupa Tudo UFMG declarou que não é contra o Enem e nem tem a intenção de prejudicar os alunos que irão realizar a prova. Mas é contra “o sucateamento do ensino público e do já frágil sistema de saúde brasileiro. Limitar o investimento nesses setores acentua a já existente desigualdade social”.
Uma estudante que não quis se identificar explicou que a proposta de manter os prédios ocupados, pelo menos, até a data da prova foi acatada em assembleia geral. No entanto, cada unidade é autônoma e pode decidir se manterá a ocupação ou não. A situação da Fafich e ECI deve ficar decidida após a assembleia marcada para esta segunda-feira (31) às 19h.