O monstro chegou às margens de um dos rios da Baía do Marajó, na ribeirinha Barcarena, em 1974. A baleia enorme debatendo-se para sobreviver despertava a curiosidade das crianças, inspirava a fome dos velhos e colocava uma ideia na cabeça de Joaquim de Lima Vieira, o Mestre Vieira. Estava ali o tema para uma nova música. A "Lambada da Baleia", gravada de forma independente naquele mesmo ano, chegou aos ouvidos dos produtores locais da gravadora Continental, que passavam pela cidade, apenas em 1976. Mais dois anos e seu primeiro álbum, Lambada das Quebradas, sairia pelo selo.
À revelia de Vieira e sem o conhecimento da própria gravadora, o Nordeste recebeu músicas como o Melô do Bode com uma euforia surpreendente. Vieira e os Dinâmicos só saberiam do sucesso que faziam no Recife, em Natal e Fortaleza quando pisassem nessas terras. "Era incrível, tinha gente demais querendo autógrafo", lembra o cantor Dejacir Magno. Os aeroportos os recebiam com filas de fãs e os hotéis com tratamento vip.
Com um novo baterista, Jairo Rocha, os Dinâmicos fizeram sua mais recente apresentação na sexta-feira passada, dia 7, no Sesc Belém. Os outros integrantes que seguem na estrada, enquanto Mestre Vieira enfrenta o tratamento na luta contra o câncer, são Dejacir, o guitarrista Lauro Honório, o tecladista Luís Poça, o jovem guitarrista Dhiosy Marques e o baixista Cassiano Filho. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
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