Unboxing: A primeira volta na nova Fiat Strada

Marcelo Jabulas
@mjabulas
26/06/2020 às 20:34.
Atualizado em 27/10/2021 às 03:53
 (Marcelo Jabulas)

(Marcelo Jabulas)

A Fiat Strada acaba de ser lançada, depois de um atraso de mais de dois meses, devido à pandemia de Covid-19. Com cinco versões, duas opções de cabines e preços que vão de R$ 63.590 a R$ 80 mil, fomos conferir em primeira mão a versão de entrada Endurance, que surge com um novilho da Toro. 

Essa geração chega para solucionar uma questão com a qual a Fiat vinha rebolando há mais de 10 anos: a cabine dupla. Desde 2008, quando resolveu adicionar uma segunda fileira de bancos na Strada, a Fiat vem tentando ajustar a versão. Primeiramente com duas portas e posteriormente com uma terceira porta suicida, que exigiu pesados reforços estruturais. 

 Agora o carro tem cabine dupla de nascença e, com isso, os executivos do grupo ítalo-americano esperam ampliar a participação para quem busca a picape para ser seu automóvel familiar, com uma caçamba atrás. Já funcionava com a geração passada e também deu certo com a Toro.

Contato visual

O primeiro contato visual com a Strada revela uma Toro em escala. O carro tem proporções agradáveis e uma identidade própria. Faróis e grade seguem o padrão visual da marca, com “olhos puxados”, mas o conjunto tem desenho próprio. Na Endurance (R$ 74.990) as luzes são de LED apenas para a luz diurna. Na traseira, é quase como ver a irmã maior, com o detalhe de a tampa da caçamba ter abertura de cima para baixo, e não bipartida.

A primeira impressão à bordo da Strada tem um quê de déjà vu, pois esse carro incorpora elementos de Uno e Mobi. Quadro de instrumentos, volante e texturas remetem aos pequeninos italianos. Pode até ser um pouco frustrante se o amigo estiver com as referências da Toro na cabeça. Afinal ela impressiona pelo garbo de sedã médio da porta para dentro. Marcelo Jabulas / N/A

Mas é preciso reconhecer que a Strada é um carro projetado prioritariamente para o trabalho. Claro que a cabine dupla foi pensada para o consumidor que busca um carro de lazer. E sejamos francos, ela não difere do padrão de qualidade de nenhum compacto, como os irmãos Argo e Cronos. A Fiat quer fazer com que essa carroceria corresponda a 25% das vendas, que ela chama de consumidor Play, que usa o carro para passeio e não apenas para trabalho.

O grande barato dessa picape é seu novo multimídia, da linha Uconnect, que permite conexão Apple CarPlay e Android Auto, sem a necessidade de cabeamento (que é opcional na Endurance e custa R$ 3,5 mil com os demais itens do pacote Tech). Trata-se de um recurso que não te deixa na mão quando não há o cabo do carregador à mão. Por outro lado, o amigo pode ficar sem bateria mais rápido. Então pense nessa função como um paliativo e não como padrão. Além disso, a posição elevada do multimídia garante boa visão. Os acessos às teclas auxiliares também são confortáveis, assim como os comandos de refrigeração. 

A posição de dirigir é agradável, a visão é boa, mas não boa quanto a da Fiorino Trekking, que parece ser um conversível. As colunas largas e a caçamba elevada comprometem um pouco nas manobras, mas a versão conta com câmera e sensores para evitar pequenos transtornos. Marcelo Jabulas / N/A

Motor

A versão é equipada com o motor Fire 1.4 de 88 cv, como na velha Strada. Apesar de a nova geração parecer mais encorpada, seu peso é similar ao da antiga cabine dupla. Ou seja, ela responde bem. Claro que nesse primeiro contato ela carregou apenas os suaves 105 quilos deste que vos dirige a palavra. Resta saber como ela irá se comportar com peso, pois a marca declara pelo menos 620 quilos na cabine dupla.

Na próxima edição, traremos o teste completo da nova Strada, com medições de consumo, comportamento dinâmico, suspensão e todos os detalhes. Agora foi só um rolê breve com o limite do fechamento no cangote.

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