Universitários causam polêmica ao se fantasiarem de Bruno e Macarrão no Sul de Minas

Da Redação
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04/09/2018 às 11:01.
Atualizado em 10/11/2021 às 02:16
 (Instagram/Reprodução)

(Instagram/Reprodução)

A fantasia escolhida por dois estudantes para ir a uma festa causou polêmica e gerou muita discussão na web. A dupla foi ao evento vestida de Bruno e Macarrão, condenados por participação na morte de Eliza Samudio. Além dos trajes de prisioneiros, com cartazes de identificação colados nas blusas, os jovens ainda seguravam um saco de lixo com os dizeres: "Eliza Samudio". Vale lembrar que os restos mortais da ex-amante do goleiro Bruno nunca foram encontrados.

O caso aconteceu na última quinta-feira (30), no município de Inconfidentes, no Sul de Minas. Na foto publicada no stories do Instagram, os estudantes do Instituto Federal do Sul de Minas (IFSULDEMINAS) ainda escreveram: "fantasia raiz". A imagem rapidamente tomou a web e provocou a revolta de muita gente.

"Uma criança ficou sem mãe, uma família ficou sem filha, o corpo nunca foi encontrado, o assassino conseguiu um contrato e uma noiva... Mas para dois estudantes essa história é uma fantasia pra zuar na facul (sic)", publicou um internauta. "A pessoa estuda, vira universitário, mas mantém o velhos hábitos de pagar mico, ser estupido, sem noção. o crime foi barbaro, a mãe da pobre chora até hoje, a criança virou orfã, e os "jenios" acham algo divertido nisto?! podiam ter se fantasiado de invisiveis (sic)", escreveu outro.

Houve quem sugerisse que os dois fossem expulsos da IFSULDEMINAS. "São alunos do instituto? Se sim, devem no mínimo serem expulsos né!!!". Depois da polêmica, a instituição emitiu uma nota, também nas redes sociais, em que lamentou o caso e repudiou todo ato que incite a violência de gênero, feminicídio ou qualquer outro tipo de crime. "Consideramos a apologia aos atos citados absolutamente inadmissível e isso não deve ser tratado, em hipótese alguma, como um tipo de brincadeira".

Apesar do apelo de alguns internautas para que os universitários sejam expulsos, a instituição alegou que, por enquanto, os jovens não devem sofrer sanções, uma vez que a festa não aconteceu nas dependências da universidade. "Esperamos dos estudantes do nosso Campus a consciência para compreenderem a gravidade deste assunto e neste sentido contamos com ações promovidas por meio do Grupo de Estudos de Gênero, Arte, Educação e Sexualidade – GAES, da Semana das Diferenças e do Grupo de Teatro Arte Federal", postou a IFSULDEMINAS na web.

Confira outras algumas reações sobre a polêmica:

já acordei muito menos esperançoso com a humanidade pois dois otários foram fantasiados de goleiro bruno e macarrao em uma festa, na real eles poderiam aproveitar e ir fazer companhia na cadeia também— Gutho (@guthoaraujo) 4 de setembro de 2018
Os caras se fantasiam de goleiro Bruno e Macarrão e colocam o nome da Eliza Samudio num saco de lixo!!!!!Ainda tem gente que diz que é mimimi— Gabriela Medina (@Gaabiimedina) 4 de setembro de 2018

Caso Eliza Samudio

O goleiro Bruno Fernandes foi condenado no dia 8 de março de 2013 a 22 anos e três meses pelo homicídio e ocultação de cadáver de sua ex-amante Eliza Samudio e pelo sequestro e cárcere privado de seu filho, o "Bruninho". Os crimes aconteceram em junho de 2010 e o atleta foi apontado como o mandante.

Além dele, outros réus envolvidos no crime foram julgados. O ex-braço direito de Bruno, Luiz Henrique Ferreira Romão, o "Macarrão", foi condenado a 15 anos prisão por homicídio, sequestro e cárcere privado de Eliza Samudio. Já da acusação de ocultação de cadáver o réu foi absolvido.

Já a ex-namorada do goleiro Fernanda Gomes de Souza foi condenada a cinco anos de prisão em regime aberto pelo crime de sequestro e cárcere privado de Eliza, enquanto a ex-mulher de Bruno, Dayanne Rodrigues, foi absolvida das acusações de sequestro de "Bruninho".

O ex-policial Marcos Aparecido dos Santos, o "Bola", foi condenado por homicídio e ocultação de cadáver. Além dele, também foram julgados o caseiro Elenilson Vitor da Silva e o motorista do atleta na época, Wemerson Marques de Souza, o “Coxinha”.

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