Usados: Parati G4 segue cobiçada no mercado

Marcelo Ramos
14/12/2018 às 20:13.
Atualizado em 05/09/2021 às 15:35
 (VW)

(VW)

O varejo de automóveis usados é cheio de chavões, folclores, apelidos, carros condenados e modelos que beiram a beatificação. E nesse festival de mandamentos, não há como negar que o motor AP da Volkswagen arranca sorrisos e brilho nos olhos do consumidor até hoje. E não é exagero, o motor ainda é “pau pra toda obra”.

A unidade estreou no Brasil, na década de 1970, no Passat e se popularizou devido à durabilidade, manutenção simples, bom desempenho e baixo custo. E o último carro de passeio a ser equipado com o AP 1.6 foi a Parati (G4).

Fabricada entre 2005 e 2012, a Parati G4 foi a última atualização da segunda geração da perua. E mesmo depois de seis anos da aposentadoria, a veterana ainda segue bem cotada no mercado de usados. 

Uma das razões pela boa fama e procura (além da robustez do motor), está na praticidade da carroceria. Hoje, as peruas praticamente desapareceram do mercado. As únicas sobreviventes são a Fiat Weekend, que não custa menos que R$ 62.790, e a prima portenha SpaceFox (R$ 63.400).

Opção
Assim, para quem anda em busca de um usado “cascudo” e com bom espaço interno, a Parati G4 pode ser uma opção interessante. Segundo a Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe), os preços da Parati G4 variam de R$ 17.850 a R$ 27.600.

E se o interessado está com dinheiro contado, a dica é partir para uma unidade ano 2010, que segundo a Fipe tem avaliação de R$ 23.500. Além de não custar tão caro, também é uma opção que não é tão velha, na teoria.

Uma dica é procurar pela versão Surf 1.6, que oferece um pacote de conteúdos mais refinado, com direito a ar-condicionado, vidros elétricos, direção hidráulica, rodas de liga leve e faróis de neblina. 

Nessa faixa de idade ainda há versões City e Trend, mas que nem sempre serão encontradas com muito conteúdo embarcado. 

Consumo
O motor AP foi a primeira unidade a receber tecnologia bicombustível, em 2003. A praticidade de poder abastecer com álcool e gasolina acabou penalizando a eficiência. Com combustível derivado do petróleo, o consumo (quando novo) girava em torno dos 10 km/l. Mas com o derivado da cana a média caía para cerca de 7 km/l. 

O recomendado é fazer uma revisão geral assim que receber as chaves. Não deixe de priorizar o sistema de alimentação. Substituir filtro de combustível, bomba, velas e cabos podem ajudar no consumo. 

Oferta
No entanto, é preciso ter paciência. A Parati G4 é um carro que não se acha em abundância nos classificados. Uma das razões é justamente porque seus proprietários sabem que não há opções do segmento para substituí-la. Mesmo assim, a média de transações mensais gira em torno de 5 mil unidades, segundo a Fenabrave.

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