Usiminas investe em disposição de rejeito

Luciana Sampaio Moreira
lsampaio@hojeemdia.com.br
25/06/2018 às 21:46.
Atualizado em 10/11/2021 às 00:59
 ( LEANDRO M.PEREZ/USIMINAS/DIVULGAÇÃO)

( LEANDRO M.PEREZ/USIMINAS/DIVULGAÇÃO)

A Mineração Usiminas (Musa) protocolou na Superintendência Regional de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Supram) o pedido de licenciamento ambiental para a implantação de um novo Sistema de Disposição de Rejeitos em sua unidade localizada em Itatiaiuçu, na Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH). O projeto de Disposição de Rejeitos Filtrados está orçado em R$ 140 milhões e deve promover o aprimoramento técnico e ambiental do beneficiamento do minério de ferro. 

Segundo o diretor-executivo da mineração Usiminas, Wilfred Theodoro Bruijn, a expectativa é que o Estado seja ágil nesse licenciamento, para que o processo de implantação do sistema seja iniciado imediatamente. A previsão é de que a documentação esteja concluída até dezembro deste ano, conforme já acertado em reuniões entre as partes.

A estimativa é que sejam gerados cerca de 300 postos de trabalho durante as obras e outras 50 vagas em caráter permanente. O prazo para conclusão das obras é de 12 meses. “Essa tecnologia é mais bem aceita pelos órgãos de licenciamento ambiental porque permite o reaproveitamento de 95% da água que é usada no processo de beneficiamento do minério de ferro. Com o sistema, estaremos usando apenas 5% de água nova, o que é um indicador bastante favorável”, enfatizou.
Segundo o executivo, a mineradora opera com três barragens. Delas, duas atingiram a capacidade máxima e apenas uma está em operação no momento. “As barragens são seguras, mas esse novo sistema substitui muito bem novas construções do gênero”, garantiu. Assim, o empreendimento será usado para complementar o processo de destinação de resíduos da planta. 

De acordo com o diretor, os rejeitos são filtrados, prensados e depois dispostos em pilhas que demandam uma área bem menor para armazenamento. Outros aspectos importantes são a segurança do processo, que possibilita ações imediatas de controle de impactos já que, à medida em que a pilha vai se formando, vai simultaneamente sendo revegetada, para fins ambientais e geotécnicos. 

“Estamos nos antecipando ao que acreditamos ser uma tendência para o futuro da indústria da mineração. A filtragem de rejeitos vem sendo usada com sucesso em operações localizadas em regiões com acesso restrito à água e, agora, conseguimos adaptar com sucesso a técnica à nossa realidade, trazendo ganhos ambientais e mantendo o elevado padrão de segurança que já marca nossa operação”, disse.
 

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