Vale planeja retirar 50% dos rejeitos da barragem B3/B4, em Macacos, até o fim deste ano
De acordo com a Vale, cerca de 40% dos rejeitos da barragem B3/B4, em Macacos, já foram retirados (Reprodução/Google Earth)
A mineradora Vale planeja, até o fim deste ano, retirar 50% dos rejeitos da Barragem B3/B4, no distrito de São Sebastião das Águas Claras, conhecido como Macacos, em Nova Lima, na Grande BH.
A expectativa da empresa é que a estrutura deixe de ser classificada como nível 3 de emergência, o mais crítico, que representa risco iminente de rompimento. A B3/B4 está nessa situação desde 2019.
De acordo com a Vale, cerca de 40% dos rejeitos do reservatório já foram retirados. "Esse volume equivale a aproximadamente 1,5 milhão de m³ dos 3,4 milhões de m³ que a barragem contém. A previsão é de chegar a 50% do material retirado até o fim deste ano", afirmou a mineradora.
A tendência é que a barragem seja totalmente desmanchada (descaracterizado) até 2025. Desde fevereiro de 2019, cerca de 200 famílias tiveram de deixar suas casas e comércios devido à evacuação. Elas estão recebendo custeio de moradia pago pela Vale.
Caso a estrutura consiga atingir o nível 2, sairá do estado de iminência de ruptura e passará a ser considerada "sob obras de emergência após intervenções anteriores não terem estabilizado a construção".
A mineradora também informou que a retirada do material está sendo executada por veículos equipamentos não tripulados, incluindo escavadeiras e tratores.
"As máquinas são operadas remotamente, com segurança para os operadores, a partir do Centro de Operações Remotas, estruturado pela empresa em Belo Horizonte, a cerca de 15 km da barragem", informou a Vale.
Expectativa dos moradores
De acordo com Marcelo Bonfanti, presidente da Associação Comunitária de Macacos, cerca de seis moradores foram convidados pela Vale, em maio, para visitar a barragem e se informar sobre os trabalhos no local.
O representante disse que a expectativa da associação é que a mineradora cumpra a promessa de descaracterizar a barragem até 2025 . "Isso é um fator de alívio para a cidade, uma vez que Macacos teve o seu turismo muito afetado desde 2019".
Segundo Bonfanti, os moradores estão trabalhando em conjunto com outras entidades, como a associação comercial, para amenizar os transtornos e criar atrativos para comunidade.
"A Prefeitura (de Nova Lima) também é uma grande aliada e esperamos que a Vale possa nos ajudar. A associação espera que os trabalhos sejam feitos o mais rápido possível para que a comunidade volte à rotina. Lembramos ainda que a Vale tem um plano de revitalização do nosso arraial, que ainda não foi feito", disse Associação Comunitária de Macacos.
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