(ARQUIVO COPASA/DIVULGAÇÃO)
Decisão judicial assinada nesta terça-feira (28) deu 24 horas às Copasa para tomar providências sobre a população que seria atingida em um eventual transbordamento do Rio Betim. A enchente ocorreria por causa da água escoada da Várzea das Flores, em Contagem, na região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH), de responsabilidade da companhia. Nesta quinta-feira (30), a represa atingiu 100% da capacidade.
A sentença, vinda de uma ação movida pela Prefeitura de Betim, ainda determina que a Copasa tome providências para controlar o reservatório, impedindo que transborde ou se rompa, devido ao grande volume de água. Segundo o subsecretário de Meio Ambiente da Prefeitura de Contagem, José Roberto Garbazza, só há risco se houver mais chuvas como as que atingiram a região nos últimos dias
"A represa tem um nível máximo de 840 metros, e esse limite é a altura do vertedouro, que é um sistema que fica permanentemente aberto para que a água escoe e mantenha a represa sem transbordamentos. Para transbordar, a água precisaria subir de 1,5 a 2 metros em toda a área da represa", informou o secretário. De acordo com ele, o curso natural da água da represa é o Rio Betim, mas o volume que verteria dela para o curso d'água não seria suficiente para provocar cheias na cidade vizinha.
Embora a decisão tenha sido proferida há três dias, a prefeitura de Betim informou que a Copasa ainda não cumpriu as determinações. A companhia foi procurada pela reportagem, mas não respondeu aos questionamentos.
A administração municipal em Betim informou, ainda, que mesmo com a decisão favorável e o entendimento da responsabilidade da Copasa, a Defesa Civil Municipal vem monitorando a situação e esclarecendo moradores das áreas próximas da barragem.