(AFP)
Um novo vazamento de água altamente radioativa para o mar foi detectada neste domingo (22) na Central de Fukushima, no Japão, anunciou a empresa Tokyo Eletric Power (Tepco). Segundo a agência de notícias France Presse, com base nas declarações de um porta-voz da empresa, a situação foi observada por meio de sensores ligados a um tubo de drenagem de águas pluviais e subterrâneas, que mediram níveis de radioatividade até 70 vezes maiores do que outros valores já registrados no local. Esses valores foram baixando gradualmente com o passar do tempo mas, mesmo assim, continuam alarmantes. A linha de drenagem que faz a ligação com uma porta adjacente à costa do Pacífico foi fechada. A Tepco informou que uma inspeção feita pela empresa não mostrou nenhuma anomalia nos tanques de armazenamento de água contaminada e assegurou “não ter nenhuma razão para pensar que os reservatórios tenham um vazamento”. A Agência Internacional de Energia Atômica disse, na semana passada, estar preocupada com a quantidade crescente de água contaminada armazenada nesses tanques. A água vem dos reatores - onde é utilizada para resfriamento - , bem como de fluxos de água subterrânea. É bombeada e armazenada em milhares de reservatórios gigantes, que aumentam à medida que a Tepco constrói outras dezenas por mês para absorver o fluxo. O desmantelamento dos quatro reatores mais danificados, entre os seis que fazem parte da Central de Fukushima, deverá demorar entre três e quatro décadas.