(BMW)
Famosa por seus sedãs e cupês, a BMW também fez história entre os roadsters. Apesar de não conseguir fazer frente à tradição da rival Mercedes-Benz, alguns conversíveis da Bavária se tornaram ícones, como o 507, de 1956, que será uma das estrelas da marca no Pebble Beach Concours d’Elegance, encontro californiano que acontece neste fim de semana. Para a mostra, a marca levará um exemplar, que pertenceu a ninguém menos do que Elvis Presley.
No entanto, por si só, o 507 já é um automóvel raro. Nos três anos que esteve em produção, o roadster teve apenas 252 unidades produzidas. Mas o fato de ter pertencido ao “Rei” faz dele um carro ainda mais importante, sem contar que o conversível também teve como proprietário o piloto alemão Hans Stuck (pai), que adquiriu a unidade em 1957 e correu em diversas provas pela Europa.
Segundo os historiadores, Elvis importou o carro para os Estados Unidos algum tempo depois de Stuck ter se desfeito dele. Quando aportou em território norte-americano, Presley ordenou algumas modificações “estratégicas” ao 507, a começar pela pintura.
Originalmente, o conversível era branco, mas o “Rei” mandou pintá-lo de vermelho, inclusive no interior. Reza a lenda que a escolha da cor era para camuflar as marcas de batom que as fãs deixavam pelo carro.
Outra determinação foi a troca do motor. Apesar de vir com um V8 3.2 com dupla carburação e 150 cv, para o Rei era pouco. Acostumado com Cadillacs com gigantescos blocos da GM, Elvis mandou instalar um V8 Chevrolet, bem mais encorpado que o alemão.
No entanto, o carro foi esquecido e ficou desaparecido por mais de 40 anos. De acordo com a BMW, o carro foi redescoberto em um estado de conservação deplorável e foi totalmente recuperado, sendo necessário refazer peças e impressora 3D. A cor original foi devolvida e um V8 3.2 nos moldes do original foi construído exclusivamente para ele.