Dolphin Mini será um dos carros montados em Camaçari, mas por hora está na linha apenas para sair no retrato
(Foto: BYD/Divulgação)
A BYD inaugurou, pelo menos em forma de solenidade, sua fábrica em Camaçari (BA). A chinesa pontuou a velocidade de apenas 15 meses para conclusão da obra. Mas vale lembrar que a instalação foi erguida onde funcionava a antiga linha de montagem da Ford, poupando obras de terraplanagem e alvenaria pesada.
E mais, o início da produção ainda depende de liberação de licenças que ainda não foram expedidas. Por hora, está tudo pronto, com direito a carro figurativo na linha de montagem, mas a operação de fato ainda precisa concluir etapas burocráticas.
A nova unidade da BYD irá montar carros híbridos e elétricos, que segundo a marca terá capacidade para 150 mil unidades anuais. No entanto, a marca afirma que pode expandir para 300 mil. Mas, as produção não começará em imediato, basicamente ela apenas
“A BYD é uma empresa feita por engenheiros e uma das que mais investem em pesquisa e
desenvolvimento no mundo. Toda essa tecnologia agora está presente na nossa fábrica brasileira. Levamos apenas 15 meses entre iniciar as obras e entregar o primeiro veículo em caráter experimental da nossa linha de produção. Esse é um momento histórico não apenas para a BYD, mas para o futuro da mobilidade sustentável em toda a América Latina”, afirma a vice-presidente executiva global e CEO da BYD Américas e Europa, Stella Li, em tom ufanista.
Segundo a marca, num primeiro momento, os automóveis serão produzidos em regime SKD. Ou seja, o carro virá em módulos já montados da China, com carroceria já soldada, ao contrário do CKD em que as peças vêm desmontadas, inclusive os painéis de carroceria. Tudo é importado nesse momento, restando ao time baiano apenas a tarefa de encaixar os módulos na carroceria.
No entanto, a marca afirma que irá evoluir para a fabricação completa em Camaçari em 2026. No entanto, não deixa claro se a operação irá migrar para o CKD (com todas peças importadas da China) ou se irá recorrer a fornecedores locais para que os carros tenham índice de nacionalização (que os executivos ainda não sabem precisar qual seria o percentual).
A marca também afirma que já formalizou contrato de fornecimento com a Continental Pneus, para fornecer compostos fabricados no Brasil. Ela também afirma que investiu R$ 5,5 bilhões na planta e que já admitiu 1.000 funcionários e irá expandir para 3 mil até o fim do ano.
Da planta de Camaçari sairão os modelos Dolphin Mini, Song Pro e King (o sedã terá motor flex). Apesar de ser em regime SKD, o Dolphin Mini se torna o primeiro carro 100% elétrico montado no país, mesmo que apenas o ar do pneu seja brasileiro.