Chevrolet Blazer K5 foi um marco na GM e antecedeu a atual EV

Na natureza a rota migratória de várias espécies é fundamental para a sobrevivência. E na indústria não é diferente. Em 1965, a Ford lançou o Bronco com uma resposta ao Jeep Willys. Um carro rústico é capaz de enfrentar qualquer obstáculo.

A General Motors observava a distância e viu que também poderia seguir aquela trilha. Foi aí que em 1968 ela lançou a Blazer K5. 

O utilitário seguia a receita tradicional dos jipes da época: tração 4x4, teto destacável, mas com um pouco mais de refinamento para uso cotidiano.

O veículo era equipado com o motor 250 seis cilindros. Isso mesmo, o bom e velho 4.1 do Opala. Mas também contava com versões maiores como os V8 de 5.0 e 5.7 litros. 

Em 1973, a GM lançou a segunda geração, que ficou em linha até 1991. Ela manteve basicamente a mesma arquitetura, com carroceria duas portas e teto rígido destacável. 

A geração foi uma das mais populares, com participação em produções de TV e cinema. Para quem não se lembra, o utilitário ficou conhecido como o veículo do xerife Jim Hopper, da série Stranger Things.

Em 2020, a Chevrolet levou para a feira de preparação SEMA Show uma versão da K5 com motor elétrico. O V8 400 6.6 de 175 cv brutos foi substituído pelo motor elétrico do Bolt EV (200 cv). 

Na época, a ideia era mostrar as possibilidades do conjunto elétrico da GM, que inclusive era almejado a possibilidade de aplicar swap (troca) de motores a combustão por elétricos em carros antigos da marca.

A terceira geração, batizada de Grand Blazer, chegou em 1992, mas em 1994 foi substituída pela Tahoe, que já está em sua quinta geração. O modelo chegou ao Brasil em 1999, derivado da picape Silverado, como sucessor da Veraneio. 

Por aqui, o nome Blazer também foi utilizado no SUV derivado da picape média S10. O modelo foi lançado em meados dos anos 1990 e ficou em linha até 2012, quando foi substituído pelo Trailblazer, que está em linha até os dias atuais.