Conferir o óleo é tão elementar como abastecer

Marcelo Ramos
miramos@hojeemdia.com.br
24/03/2017 às 15:18.
Atualizado em 15/11/2021 às 13:52

Qual foi a última vez que o caro leitor abriu o capô do seu automóvel para verificar o nível do óleo? Se o amigo responder que foi há uma semana, meus parabéns. Se foi há duas, está na hora de conferir novamente. Mas se o amigo não se lembra da última vez que examinou a vareta, é bom fazer isso hoje mesmo, pois você pode estar correndo o risco de ter um grande prejuízo em breve.

Conferir o nível do óleo do motor é uma tarefa simples, mas que muita gente negligencia. O perfeito funcionamento das partes móveis que ficam dentro do bloco e também do cabeçote dependem de lubrificação constante. E quando falta óleo, o risco de superaquecimento e fundição do motor é grande.
Com o passar do tempo, o motor começa a apresentar pequenas folgas, que não chegam a ser visíveis, mas que fazem com que parte do lubrificante se perca. Daí, é preciso ficar sempre vigilante com o marcador que fica na ponta da vareta que vai até o reservatório do carter. 

No entanto, esse não é um problema exclusivo de automóveis com quilometragem avançada. O cuidado deve ser dispensado também aos automóveis novos, pois um aperto malfeito no parafuso de esgotamento do carter, assim como o encaixa malfeito de um filtro de óleo pode fazer com que boa parte do lubrificante se perca.

Como verificar
Para verificar o nível do óleo é necessário obedecer algumas regras simples. O ideal é que o motor esteja frio, ou desligado há pelo menos 15 minutos. Isso se faz necessário pois é preciso que todo o fluido tenha escorrido de volta para o reservatório. E como se trata de um líquido viscoso, é preciso esperar um pouco.

Outra exigência para uma verificação correta é posicionar o carro num local plano. Pisos inclinados farão com que o lubrificante se acumule em um ponto do reservatório e a medição será incorreta.

Na vareta há medidas de máximo e mínimo. Use um tecido limpo para remover o óleo impregnado e depois insira novamente a vareta e confira o nível do fluido. O nível deve estar entre o máximo e o mínimo. Se estiver abaixo, é preciso completar, mas cuidado para não colocar óleo em excesso, pois um nível elevado aumenta a pressão nas galerias, o que pode levar a vazamentos e danos, assim como passar para a câmara de combustão e danificar as velas de ignição.

Também fique atento com o lubrificante usado na complementação. Ele deve ser exatamente o mesmo que foi colocado na última troca. A mistura de fluidos com especificações diferentes podem comprometer a função lubrificante e causar danos no motor. 

A dica é sempre utilizar o lubrificante recomendado pelo fabricante. Para descobrir qual é basta consultar o manual do proprietário ou localizar uma etiqueta no cofre do motor (que geralmente fica perto da alavanca de destrave do capô). Também é preciso ficar atento com a etiqueta colada no para-brisas, que indica qual é o óleo utilizado na última troca.

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