(Foto: Dodge/Divulgação)
Todo mundo tem uma queda por um Muscle Car, aquele estilo de norte-americano, com motores V8, pneus largos e visual intimidador. Eles foram sucesso nos anos 1970, sucumbiram à Crise do Petróleo e voltaram nos anos 2000.
Mas o tempo deles está passando, mais uma vez. E dezembro marcou a despedida de um dos ícones deste segmento, o Dodge Charger. A última unidade foi produzida na primeira quinzena de dezembro, junto com os últimos exemplares do Challenger e do Chrysler 300C.
O trio compartilhava a mesma plataforma, suspensão e conjunto mecânico. A unidade derradeira do Charger foi uma versão Scat Pack Widebody, com bitolas alargadas e para-lamas destacados. O sedã ainda foi equipado com motor Hemi V8 6.4 de 492 cv, com caixa automática de oito velocidades e tração traseira, como não poderia deixar de ser.
O Charger sai de cena depois de 18 anos em linha, em sua configuração sedã. O modelo teve a companhia da perua Magnum, que foi um dos carros mais legais que a Dodge construiu e também resgatou um nome clássico de seus modelos potentes do passado.
Mas o fim da produção não significa que o Charger se foi para sempre. Assim como ocorreu no passado, em que o imenso cupê precisou se adequar às exigências legais e demandas de mercado, o Charger voltará e energizado no futuro.
Isso porque seu sucessor já foi revelado, ainda como carro-conceito. Trata-se do Charger Daytona (outro nome lendário da marca), um cupê 100% elétrico, com ruído de V8 emulado. Com a migração para a eletrificação total dos automóveis, não há mais espaço para motores gigantescos, mas ninguém falou que ele não poderá rugir como há 60 anos.