Fiat lança diminuto Mobi para aquecer a concorrência na base do mercado

Marcelo Ramos
miramos@hojeemdia.com.br
16/04/2016 às 06:00.
Atualizado em 16/11/2021 às 02:58
 (Fiat/Divulgação)

(Fiat/Divulgação)

Talvez se os executivos da Fiat em Betim, Turim e demais escritórios tivessem uma bola de cristal e soubessem com precisão, há uns três anos, o caos que a indústria de automóveis iria se tornar a partir de 2015, era muito provável que projeto Mobi passaria na frente de Toro e Jeep Renegade. Na verdade, o projeto já estava em pauta há muito tempo, bem antes do falecimento do Mille, que foi sepultado no apagar de 2013 por não atender às especificações de segurança que passariam a vigorar no dia primeiro de janeiro de 2014.

Mas como naqueles saudosos dias de 3,6 milhões de unidades emplacadas e uma fábrica de ponta sendo erguida no Pernambuco, o Mobi não era prioridade e a responsabilidade de ocupar a base da gama foi delegada ao Palio Fire.

No entanto, como tudo tem sua hora, o Mobi chegou no momento certo. O carrinho tem como missão assumir o degrau acima de Fire e Uno Vivace, com preço inicial de R$ 31.900, onde orbitam modelos como Volkswagen up!, o decano Renault Clio e até mesmo o chinês Chery QQ, que acaba de ganhar cidadania brasileira. Equipado apenas com motor 1.0, o Mobi terá seis versões de acabamento, inclusive as opções aventureiras Way.

Três cilindros 
Entre os fabricantes líderes do mercado, a Fiat foi uma das marcas que mais sentiu o peso da recessão e também da chegada de novos compactos como Chevrolet Onix, Hyundai HB20, Volkwagen up!, Toyota Etios e Ford Ka, que contribuiram para a pulverização dos segmentos de entrada. O Mobi é uma resposta para esse novo cenário e somará força com Uno e Palio para engrossar o caldo no primeiro degrau do mercado. 

Com apenas 3,57 metros de comprimento e 2,30 metros de distância entre-eixos, o Mobi é um carro tão citadino quanto o VW up!, seu concorrente direto. No entanto, ao contrário do VW que precisou voltar para a prancheta para abrigar cinco ocupantes e estepe, o Mobi já nasceu com essas premissas.

Oferecido apenas com motor Fire 1.0 de 73 cv, o carrinho deverá ganhar num futuro próximo uma nova unidade três cilindros GSE 1.0, que promete níveis de eficiência mais elevadas que o veterano bloco mil, que desenvolve bem no hatch, graças ao baixo do Mobi, que oscila entre 906 e 955 quilos, dependendo da versão e conteúdos opcionais.

Em termos de design o Mobi para longe de ser uma referência. Na verdade ele é um carro de estilo contraditório. Os designers da Fiat preferem dizer que o Mobi tem linhas que inspiram a robustez. No entanto, a tampa do porta-malas totalmente em vidro, como o up! europeu dá charme ao carrinho.’

Versões
O popular terá seis versões de acabamento partindo da paupérrima Easy, que tem preço inicial de R$ 31.900, que não oferece praticamente nada, nem mesmo limpador e desembaçador traseiro. Um passo adiante está a Easy On (R$ 35.800) que inclui ar-condicionado e direção hidráulica. A versão Like por sua vez parte de R$ 37.900 e a Way, inicia em R$ 39.300.

Já as versões Like On e Way On orbitam no topo da linha Mobi com preços que iniciam em R$ 42.300 na versão citadina e R$ 43.800 na opção aventureira. Nestes dois casos o pacotes de conteúdo é completo, com direito a trio-elétrico (vidros, travas e retrovisores elétricos), computador de bordo, rádio com MP3, viva-voz Bluetooth e comandos no volante, dentre outros mimos. Nestes dois casos o único opcional é a pintura metálica ou perolizada que encarece o preço final em R$ 1.250.

Telefone
Um recurso interessante do Mobi é que ele pode ser equipado com um módulo que permite a fixação do smartphone e acesso às funcionalidades do aparelho pelos comandos no volante. Não chega a ser um sistema de espelhamento como Apple Car Play, Mirror Link ou Android Auto, mas é mesmos arcaico que apenas rádio e MP3.

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