Fiat Titano troca de nacionalidade para ficar mais competitiva, moderna e com quatro vezes mais capacidade produtiva
(Foto: Fiat/Divulgação)
A Fiat deu início à produção da picape Titano na planta de Córdoba, na Argentina. A mudança da linha de montagem, antes localizada na fábrica da Nordex, no Uruguai, tem como objetivos principais aumentar a capacidade produtiva e corrigir deficiências identificadas na fase inicial do modelo.
Segundo Emanuele Cappellano, presidente da Stellantis na América do Sul, a transferência para Córdoba eleva o potencial de produção anual da Titano para 45 mil unidades — número significativamente superior às 10 mil produzidas anteriormente no Uruguai. Além disso, a Argentina oferece uma base mais robusta de fornecedores e tradição no segmento de picapes, o que fortalece a competitividade do modelo frente aos rivais locais.
A mudança também permitiu uma série de aprimoramentos técnicos na Titano. De acordo com Cappellano, o modelo passou por atualizações no motor, na suspensão e na parte eletrônica. “A Titano passou por mudanças significativas no motor, na suspensão e na eletrônica”, destacou.
Essas atualizações eram esperadas. O motor 2.2 turbodiesel de 180 cv e 40,8 kgfm de torque é um dos menos potentes entre os concorrentes da categoria. A suspensão rígida prejudicava o conforto ao rodar e a falta de recursos tecnológicos embarcados evidenciava a origem do projeto, baseado na veterana Changan F70.
Mais do que um simples reposicionamento, a Stellantis vê a Titano como parte de uma estratégia industrial de longo prazo. “A Fiat Titano é muito mais do que um novo modelo. Ela representa um passo importante para transformar o Polo Automotivo de Córdoba em um verdadeiro hub regional de picapes. Nossa planta está sendo modernizada não apenas para ampliar a produção, mas para garantir mais qualidade, integração local e evolução constante”, afirmou Cappellano.
A Fiat ainda não definiu a data de lançamento comercial da nova Titano produzida na Argentina. Por enquanto, a montadora trabalha na formação de estoques. Questionado sobre reajuste de preços, o executivo espera que não sejam comprometedores.