Mini lança SUV elétrico Aceman, com visual contraditório

Dizem que existe uma tal Lei do Retorno, que nos devolve aquilo que fizemos. Em meados dos anos 2000 a chinesa Lifan, que fabricava carros de qualidade contestável, lançou o pequeno 320. Tratava-se de um clone descarado do Mini Cooper. O carrinho chegou aqui em 2010, inclusive apresentado no Salão do Automóvel de São Paulo, num estande vizinho ao da marca britânica e com direito a um sósia do Mr. Bean. 

O Lifan 320 virou piada e por sua qualidade abaixo da crítica não demorou a ser descontinuado. Mas agora, em 2025, a Mini apresenta o Aceman, seu SUV 100% elétrico, que se posicionará entre o Cooper e o Countryman. E curiosamente, ele está mais para Lifan 320 modernizado do que para um Mini propriamente dito.

Suas linhas futuristas destoam dos faróis circulares do simpático compacto inglês. Segundo a marca, é uma opção para quem busca mais espaço que o Cooper e que não seja tão grande como o Countryman (que utiliza base do BMW X2). Mas semelhanças e inspirações à parte, vamos ao Aceman.

O Mini Aceman chega partindo de R$ 255 mil, equipado com motor elétrico de 184 cv e 29,5 kgfm de torque. A unidade é alimentada por baterias de 42,5 kWh que permitem rodar cerca de 250 km, de acordo com o ciclo do Inmetro. Seu conjunto foi desenvolvido em parceria com a chinesa GWM, que se mostrou bem mais eficiente que as primeiras tentativas elétricas da Mini com o Cooper S E.

Seu comportamento dinâmico não difere muito do que o Cooper elétrico oferece, apesar de ser maior (4,07 m) de comprimento. Mas é um carrinho que acelera de forma vigorosa e tem acerto de suspensão impecável, mas sem ser tão duro como os primeiros hatches da era BMW. 

Por dentro, mantém acabamento e layout fiel aos demais modelos da marca, com grande multimídia circular central, que também agrega velocímetro e demais leituras de condução. Climatização digital, assistentes de condução, ajustes elétricos e acabamento premium completam o pacote.