Modelos populares equipados com turbo se traduzem em economia na bomba

Marcelo Ramos
miramos@hojeemdia.com.br
20/05/2016 às 22:30.
Atualizado em 16/11/2021 às 03:32
 (Fotos Divulgação)

(Fotos Divulgação)

O turbocompressor é tão antigo quanto o automóvel, mas só começou a se popularizar na década de 1970 com o Porsche 911 Turbo e com o BMW 2002 Turbo com foco totalmente voltado para a performance. Atualmente o turbocompressor se tornou um aliado na redução de consumo e emissões, pois permite que motores compactos tenham oferta de torque (força) semelhante e até mesmo superiores a propulsores maiores com aspiração natural.

Seu funcionamento consiste em reaproveitar os gases do escapamento para girar uma turbina. Esta por sua vez, rotaciona um compressor que espreme um grande volume de ar para as câmaras de combustão, e assim aumentando a potência e o torque do motor. Dessa maneira, é possível ter grande oferta de força em rotações mais baixas, que consequentemente se traduz em menor consumo.

Evolução
Até pouco tempo, o turbocompressor era visto como um problema, pois acentuava o desgaste do motor e acabou caindo no esquecimento, sendo relegado às oficinas de preparação. No entanto, o emprego de novos materiais como ligas metálicas mais resistentes, processos de fabricação mais sofisticados, lubrificantes mais eficientes, dentre outros quesitos permitiram aplicação do turbocompressor em praticamente qualquer tipo de motor, inclusive em modelos de baixo custo.

Na Europa, Japão e Estados Unidos é muito comum carros como unidades turbo em blocos compactos com três cilindros com volumes entre 1.0 litro e 1.4 litro, que oferecem desempenho e performance exemplares. No Brasil, grande parte dos modelos de luxo utilizam turbo, mas a o caracol também está presente em carros compactos e populares, onde o grande benefício está no bolso do consumidor.

Volkswagen Up! TSI
O up! foi o primeiro modelo a receber motor três cilindros turbo por aqui. O motorzinho pode ser combinado em praticamente todas as versões do popular, exceto na de entrada, Take up!. O custo adicional para trocar o aspirado pela unidade sobrealimentada e estampar a logo TSI na tampa do porta-malas é de R$ 4 mil, a partir da versão Move up!. Daí, para ter o carrinho com a turbina soprando é necessário desembolsar pelo menos R$ 47.190, sem considerar os demais opcionais do modelo. No entanto, o ganho do investimento está no baixo consumo, segundo o Inmetro, seu consumo combinado é de 10,2 km/l com etanol e 14,8 km/l com gasolina. A unidade, dotada de injeção direta, desenvolve 105 cv e 16,7 mkfg de torque.
 
Hyundai HB20 1.0 Turbo
Se pequenino da Volkswagen foi o primeiro turbo três cilindros do mercado, o HB20 foi o primeiro três cilindros feito no país. Disponível na versão sedã e hatch, a unidade turbo segue basicamente a mesma configuração da unidade da VW, com a exceção de não contar com injeção direta de combustível, mas desenvolve os mesmo 105 cv. No entanto, o torque é mais baixo, na ordem de 13,8 mkgf. Outra coincidência do turbinado sul-coreano é que o hatch parte de R$ 47.445, na versão Comfort Plus. Já o HB20 Sedan, na mesma versão de acabamento, tem preço inicial de R$ 51.475. Segundo a Hyundai, seu consumo (urbarno/rodoviário) é na ordem de 8,2/10,1 km/l com álcool e 141,6/14,3 km/l com uso de gasolina.

  

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