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Nivus evoluiu para evitar fogo amigo com Tera

Volkswagen Nivus ficou mais bonito e mais bem acabado após atualização para dar conta da concorrência interna

Marcelo Jabulas
@mjabulas
Publicado em 30/06/2025 às 10:23.
 (Marcelo Jabulas)

(Marcelo Jabulas)

Uma das grandes sacadas da Volkswagen foi ter lançado o Nivus. O SUV cupê chegou ao mercado no meio da pandemia do Covid-19 e logo caiu no gosto do consumidor. 

A razão era bem simples: o mercado adora SUV e estava seduzido pelo “shape” cupê dos modelos premium, como BMW X6 e similares. E o que a VW fez foi entregar esse estilo por um preço menos draconiano.

No entanto, o Nivus atiçou a concorrência, e a Fiat retrucou rapidamente com Pulse e Fastback. O último é o grande rival do alemão, que também aposta no estilo esportivo da carroceria.

E para complicar ainda mais, a VW colocaria o Tera no mercado. Assim, precisou aplicar uma plástica em seu cupê e dar uma caprichada no acabamento. Afinal, ele não poderia ser mais simples que o irmão de entrada.

E o resultado agradou: no segundo semestre de 2024 a VW apresentou o modelo repaginado, que ganhou novos faróis e para-choques. A plástica foi breve, mas muito precisa. E o carro ficou mais legal que a versão de estreia.

Por dentro, a VW ajustou o acabamento, que ficou um pouco mais sofisticado. Ainda está longe de ser um Audi Q5 Sportback, mas também não parece mais um Gol.

Testamos a versão Highline com pacote Outfit, que é justamente esse banho de loja no acabamento. Com direito a bancos em material sintético de duas tonalidades, e até mesmo revestimento do mesmo material no painel (com direito a costura).

O banho de loja entrega uma percepção que busca justificar os R$ 163.850 impressos na nota fiscal do Nivus. Recursos como quadro de instrumentos digital (com diferentes configurações), multimídia VW (com download de apps, câmera de ré e conexão sem fio para smartphones), carregamento por indução, climatização ajudam muito no convencimento. 

O Nivus Highline ainda conta com rodas de liga leve, faróis e lanternas em LED que evocam o fator aspiracional da compra. Mas ele ainda oferece assistentes de condução (por mais R$ 4.150), além seis airbags, que fazem dele uma boa não só emotiva, mas também bastante racional.

E a funcionalidade do Nivus também se faz presente no bom espaço interno. É um carro que leva quatro ocupantes com bom nível de conforto. Cinco viajam apertado em qualquer carro. O porta-malas é um destaque com 415 litros.

Ao volante

O Nivus (até a chegada da versão GTS, em abril) sempre foi equipado com motor 200 TSI 1.0 turbo de 128 cv e 20,4 kgfm de torque, combinado com transmissão automática de seis marchas. O conjunto sempre agradou pelo bom desempenho e eficiência.

E na linha 2025 não foi diferente. O carro agrada por sempre ter torque a disposição e um consumo urbano (com etanol) na casa dos 8,7 km/l. Uma média satisfatória, mas nada surpreendente.

Como todo bom VW, o Nivus oferece ótima posição de dirigir e um acerto de suspensão impecável. Ele não é duro demais (como é tradicional na marca), mas também não é molenga. Isso garante muita firmeza nas curvas.

É um carro que agrada demais e sempre é uma boa escolha. O único problema do Nivus Highline é o fogo amigo na própria linha. 

Pois se o consumidor gosta do visual e do bom motor 200 TSI pode conseguir esses dois atributos por R$ 120 mil na versão Sense. Claro que ele vai abrir mão de muita mordomia, mas são quase R$ 50 mil de desconto. 

Por outro lado, se ele busca mais esportividade visual e mecânica, há o Nivus GTS, por R$ 175 mil. Um gasto de menos de R$ 7 mil a mais para levar para casa a versão anabolizada.

Qual seria sua escolha?

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