Ram Dakota está pronta e só falta o palco do Anhambi para se apresentar

Uma das grandes cartadas do marketing é criar o desejo de consumo. Instigar a atração pela novidade. E no mercado automotivo não é diferente. Detalhes, especulações, informações em pílulas fazem parte de uma dança da sedução entre indústria e consumidor. E como em toda arte da sensualidade, tudo é feito com pouca luz.

E nesse contexto, até um carneiro tem seu sex appeal. A Ram divulgou quinta-feira (10) as primeiras imagens oficiais da nova Dakota, picape média que será lançada em 2026. O modelo marcará a estreia da marca nesse segmento na América do Sul e será produzido no polo industrial da Stellantis em Córdoba, na Argentina.

As imagens revelam elementos de design e detalhes inéditos do interior. O projeto mantém boa parte das linhas apresentadas no conceito *Dakota Nightfall*, exibido em agosto, e antecipa o visual definitivo da versão de produção.

O vídeo divulgado pela montadora mostra a cabine com acabamento sofisticado, uso de materiais de alto padrão e central multimídia de grandes dimensões. O desenho interno segue o padrão das picapes maiores da marca, como a 1500 e a 2500.

Tudo faz parte de um jogo que combina timing de apresentação, logística, início de produção e claro, fazer o consumidor pensar duas vezes antes de comprar um concorrente. Assim, quando a luz da ribalta se projeta no palco, tudo se revela.

A Dakota

A Dakota chega para disputar o segmento das picapes médias, hoje dominado por modelos como Toyota Hilux, Chevrolet S10 e Ford Ranger. A novidade faz parte da estratégia de expansão da Ram na região, que já produz e vende os modelos 1500, 2500 e 3500, além da 1200 Titano — que compartilha parte da base com o novo projeto.

O nome Dakota tem apelo emocional no mercado brasileiro. A primeira geração foi vendida entre o fim dos anos 1990 e o início dos 2000, ainda sob a marca Dodge. Agora, o retorno do nome busca unir herança e posicionamento premium dentro da linha Ram.

A marca tem divulgado informações de forma paulatina, sem deixar dados técnicos expostos, pelo menos por hora. Mas é certo que a Dakota receberá o motor turbodiesel 2.2 de 200 cv e 46 kgfm de torque, assim como a nova transmissão de oito marchas que também passou a equipar a Titano. 

Outra aposta seria o motor Hurricane 4 2.0 turbo de 272 cv, que equipa Rampage, Commander e Compass. Caso se confirme, a Dakota será a picape média mais potente do segmento (com exceção da Ranger Raptor), fazendo jus ao legado da Dakota R/T, que fazia sucesso há 25 anos.