PLÁSTICA REPARADORA

Testamos o Fiat Pulse Impetus T200 Hybrid repaginado

Depois de quatro anos, Fiat Pulse passa por intervenção para rejuvenescer e conter avanço do Tera (e do Kardian)

Marcelo Jabulas
@mjabulas
Publicado em 27/09/2025 às 07:02.
 (Foto: Marcelo Jabulas)

(Foto: Marcelo Jabulas)

A Fiat foi sagaz ao desenvolver um SUV a partir do Argo. O modelo foi bem aceito pelo mercado e ficou sozinho por quase três anos. Mas em 2024 chegou o Renault Kardian e, neste ano, o Volkswagen Tera.

O francês tem conquistado seu espaço de forma gradual. De janeiro a agosto, o Kardian licenciou 13.545 unidades, segundo a Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave), volume que passa longe dos 29.380 emplacamentos do Fiat. 

Mas quando falamos do Tera, a situação muda. Lançado no fim de maio, o alemão já acumula 10 mil unidades entregues. Ou seja, mais de 3 mil unidades mensais. Trata-se de um volume parelho ao Pulse.

Isso acendeu a luz amarela nos corredores de Betim. A Fiat lançou a linha 2026 do Pulse, que trouxe uma leve plástica na grade e para-choque. Por dentro, a marca reajustou os conteúdos da linha, para deixar o modelo mais atrativo diante do pacote farto do Tera.

Testamos a versão Impetus T200 Hybrid, que é a opção topo de linha (abaixo apenas do Pulse Abarth) e tem preço inicial de R$ 147 mil. A versão recebeu opcional de teto solar panorâmico. Mas o acessório é fixo, apenas a cortina tem abertura elétrica.

De resto, é o mesmo carro que já conhecemos. Ele oferece quadro de instrumentos digital, multimídia de 10 polegadas (com conexão sem fio para Apple CarPlay e Android Auto, além de câmera de ré, WiFi e conexão 4G).

O pacote ainda inclui climatização digital, carregamento por indução e assistentes de condução, com direito a alerta de colisão, frenagem emergencial, monitor de permanência em faixa e facho automático do farol alto.

O SUV italiano deixa a desejar pela ausência do controle de cruzeiro adaptativo (ACC) e airbags do tipo cortina. Bancos e volante revestidos em couro fecham o pacote.

Ao volante

Um item que é exclusividade no Pulse é o motor eletrificado. O SUV é o único do trio aventureiro que utiliza sistema híbrido leve. O modelo combina motor 1.0 turbo de 130 cv e 20,4 kgfm com um sistema BSG (um super alternador) que fornece 4 cv e 1 kgfm de torque para aliviar o esforço do bloco.

Segundo a Fiat, ele pode entregar economia de consumo de 10 a 20%, mas vai depender do ímpeto do motorista, com o perdão do trocadilho. 

O motor é combinado com transmissão automática do tipo CVT, com emulação de sete marchas. O conjunto oferece bom comportamento, já que todo o torque está disponível em apenas 1.750 rpm. 

Isso se traduz em acelerações rápidas, com trocas rápidas (uma vez que a caixa simula as relações das engrenagens de uma caixa convencional). No entanto, a resposta é muito rápida, pois basta pisar que a caixa eleva para faixa máxima de potência. Ao fim da demanda de performance, a relação se ajusta para a faixa de eficiência, na casa dos 1.500 giros.

Tudo isso deixa o Pulse bem esperto e também é um argumento diante do rival alemão, que entrega apenas 116 cv e 17 kgfm de torque. Assim, com um teto solar aqui, um motor eletrificado ali, o Pulse quer sustentar sua liderança.

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