Os dois principais candidatos à presidência da Venezuela entraram hoje na reta final da breve campanha com vistas às eleições de domingo no país.
Enquanto o herdeiro político de Hugo Chávez e presidente interino Nicolás Maduro promete medidas como reajuste do salário mínimo e aprofundamento dos programas sociais instituídos na última década, o opositor Henrique Capriles intensifica os ataques ao governo.
Simultaneamente, altos funcionários do governo têm denunciado sistematicamente supostos complôs para desestabilizar a situação.
Ontem, o governo da Venezuela divulgou áudios contendo o que qualificou como provas de uma conspiração de mercenários salvadorenhos para tumultuar o ambiente político no país às vésperas das eleições.
Hoje, o presidente da Assembleia Nacional, Diosdado Cabello, assegurou à televisão estatal que recebeu informação de uma suposta mobilização entre os opositores para não aceitarem o resultado das eleições.
Carlos Ocariz, diretor do comando da campanha de Capriles, acusou o governo de "inventar histórias" e "disseminar mentiras".
Enquanto Cabello diz que a oposição demonstra "desespero na iminência da derrota", Ocariz diz que é o governo que está "desesperado".
Iniciada em 2 de abril, a campanha para a sucessão do falecido presidente Hugo Chávez se encerra à meia-noite de amanhã. A maior parte das pesquisas de intenção de voto realizadas nas últimas semanas tem mostrado Maduro bem à frente da Capriles, na maioria dos casos com margens superiores a dez pontos porcentuais. As informações são da Associated Press.
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