Autoridades da Venezuela libertaram dezenas de prisioneiros acusados de incitar a violência contra o governo em protestos ocorridos nas ruas, informaram neste sábado organizações de direitos humanos.
Alfredo Romero, diretor do Foro Penal, disse que 36 prisioneiros foram libertados durante o fim de semana, mas se mostrou crítico à estratégia do governo. "Melhor seria se ao invés de libertar alguns, todos fossem liberados e mais ninguém preso", comentou em sua conta do Twitter.
Entre os primeiros que saíram livres estava Alfredo Ramos, ex-prefeito de Iribarren, cidade ao nordeste da Venezuela, e o professor Carlos Perez, que permaneceu mais de três anos na cadeia, segundo a mídia local.
Cerca da metade dos prisioneiros receberam o direito de deixar a prisão há mais de um ano, no entanto, somente agora estão sendo libertados.
Líderes de oposição acusam o presidente Nicolas Maduro de usar táticas duras de controle de seus oponentes e pressionam para que os prisioneiros sejam liberados em meio as negociações com o partido socialista do governo. As libertações recentes mostram que Maduro, que está desesperamente buscando apoio para refinanciar sua enorme dívida externa, pode estar inclinado a atender tal demanda.
Segundo o Foro Penal, mais de 200 políticos são ainda mantidos como prisioneiros. Fonte: Associated Press
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