Venezuela: Maduro atribui inflação recorde à "guerra nacional e internacional"

AFP
24/10/2013 às 20:31.
Atualizado em 20/11/2021 às 13:37

CARACAS - A crise econômica e a inflação na Venezuela, que em setembro alcançou 49,4% ao ano, cifra recorde em 13 anos, são resultado de uma "guerra nacional e internacional", disse nesta quinta-feira (24) o presidente Nicolás Maduro.   "Com os investimentos que são feitos, o trabalho que se faz, se não estivesse submetida à guerra nacional e internacional desses fatores econômicos, a economia (venezuelana) teria um ano 2013 perfeito, teria reduzido a inflação abaixo de 20%", afirmou Maduro em um discurso na sede presidencial.   A crise econômica se aprofundou na Venezuela este ano, com contínuas altas nos preços dos alimentos e escassez de alguns produtos e os analistas projetam que a inflação, que nos primeiros nove meses acumulou 38,7%, alcançará 50% ao ano contra um prognóstico inicial do governo de entre 14% e 16%.   Maduro denunciou nos últimos meses uma suposta "guerra econômica" de setores privados ligados à oposição que estaria afetando os indicadores na Venezuela a fim de provocar revoltas sociais contra o governo.   O presidente solicitou no dia 8 de outubro poderes especiais à Assembleia Geral a fim de decretar leis em matéria de combate à corrupção e a "guerra econômica".   Os analistas consideram que a deterioração da economia se deve, em parte, à falta de dólares em um país que depende em grande medida das importações, tanto para sua indústria como para a compra de alimentos e produtos de primeira necessidade.   Na Venezuela vigora um férreo controle cambial há uma década pelo qual o dólar é cotado a 6,30 bolívares, enquanto no mercado paralelo a taxa de câmbio é quase sete vezes maior que a oficial.

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