(Federico Parra/AFP)
Os centros de votação na Venezuela estão funcionando neste domingo (16) desde às 7h locais (8h de Brasília) para a participação dos eleitores em uma consulta popular promovida pela oposição ao presidente Nicolás Maduro.
Os participantes da consulta devem responder se estão ou não de acordo com o processo constituinte proposto pelo chavismo e, além disso, se são favoráveis a um governo de transição.
A Assembleia Nacional (parlamento), que é controlada pela oposição ao chavismo, informou, através do Twitter, que os pontos para a consulta popular abriram na hora estipulada em todo o país.
A votação da consulta, feita à margem do Poder Eleitoral, é considerada um plebiscito pela coalizão opositora Mesa da Unidade Democrática (MUD).
Além disso, centenas de eleitores começaram a votar, sem maiores contratempos, em vários centros do leste e do oeste Caracas. Para o processo, a MUD habilitou 2.030 "pontos soberanos" em todo o país com 14.404 mesas de votação e credenciou 47.272 pessoas para trabalharem na consulta, que, além disso, conta com cerca de 80 mil voluntários espalhados por todo o país.
Cidadãos venezuelanos residentes em países do Oriente Médio, como Arábia Saudita, Bahrein, Kuwait, Omã, Catar e Egito, votaram ontem nas primeiras mesas que foram abertas em todo o mundo para a consulta. No exterior, foram habilitados 667 pontos de votação, distribuídos em 602 cidades de 100 países.
Maduro critica consulta
O presidente Maduro disse ontem que o referendo opositor é uma "consulta interna" entre os partidos da "direita" e criticou que ela seja feita "sem cadernos eleitorais, sem biometria, sem auditorias".
Neste domingo também haverá uma simulação eleitoral das votações previstas para 30 de julho, quando serão escolhidos os redatores da nova e eventual Carta Magna.
Maduro convocou seus partidários a participarem desta jornada prévia à eleição da Assembleia Nacional Constituinte, um processo que a MUD rejeita e quer impedir.
Os opositores afirmaram que vão responsabilizar o governo por qualquer ato de confrontação que possa acontecer durante a jornada de votação.