(Câmara Municipal/Divulgação)
No dia em que o projeto Escola sem Partido poderá finalmente ser votado pelo Plenário da Câmara Municipal de Belo Horizonte, o vereador Jair Di Gregório (PP) fez um pedido inusitado à Presidência da Casa. Ele apresentou, nesta quarta-feira (9), uma requisição para mudar seu nome, no painel demonstrativo de votação, para “Jair Bolsonaro Di Gregório”.
O vereador, que é um dos autores do polêmico projeto de lei Escola sem Partido, que não foi para votação em segundo turno porque a oposição travou a pauta várias vezes desde o mês passado, defendeu o presidente da República.
“Hoje, Bolsonaro significa para nós a defesa da família brasileira, da família do bem, da família que realmente vale a pena lutar”, disse o vereador.
Questionado do motivo do apoio ao presidente num momento em que Bolsonaro está em conflito até mesmo com o próprio partido, o PSL, Di Gregório afirmou que a questão partidária não deve ser motivo de preocupação. “Ele pode sair para outro partido a hora em que ele quiser, ele não está nem aí, não tá preocupado com o PSL”.
No passado, os vereadores do PT em Belo Horizonte Pedro Patrus e Arnaldo Godoy fizeram homenagens ao ex-presidente Lula.
Escola sem Partido
O Projeto de Lei 274/17 entrou para a pauta da reunião ordinária do Plenário desta quarta-feira e também é o único item da pauta de votações da reunião extraordinária convocada pela presidente Nely Aquino (PRTB), às 19h30.
Os vereadores se dividem sobre o tema. Enquanto a frente cristã quer que a proposta seja transformada em lei, parlamentares dos partidos de esquerda travam a pauta (por meio de requerimentos, destaques e outros recursos que constam do Regimento Interno da Câmara). Outros vereadores acreditam que a matéria deve ser votada logo, não por sua importância, mas para que a pauta da Câmara não fique travada.
O projeto defende que o Pode Público não "permitirá qualquer prática capaz de comprometer o desenvolvimento de sua personalidade em harmonia com a respectiva identidade biológica de sexo, sendo vedada, especialmente, a aplicação dos postulados da teoria ou ideologia de gênero". Também proíbe o professor de apresentar suas opiniões aos alunos durante as aulas.