Vereador de BH suspeito de 'rachadinha', corrupção e contratação de 'fantasmas' é alvo de operação

Renata Evangelista
rsouza@hojeemdia.com.br
25/08/2020 às 08:24.
Atualizado em 27/10/2021 às 04:22
 (Lucas Prates/Hoje em Dia)

(Lucas Prates/Hoje em Dia)

Um vereador de Belo Horizonte, investigado pela prática de "rachadinha" - crime que ocorre quando funcionários do gabinete devolvem parte do salário recebido -, é alvo de uma operação da Polícia Civil, na manhã desta terça-feira (25). O parlamentar também é suspeito de corrupção e contratação de servidores fantasmas.

A assessoria de imprensa da Câmara Municipal confirmou que a operação é realizada no gabinete do vereador Léo Burguês (PSL). A polícia informou que não divulgará nomes. O Hoje em Dia entrou em contato com representantes do parlamentar, mas não obteve retorno.

A sede do Legislativo da metrópole é um dos locais em que agentes do Departamento Estadual de Operações Especiais (Deoesp) cumprem mandados de busca e apreensão. No total, a Justiça expediu 19 ordens para recolher materiais que serão analisados no inquérito.

Lá, a ação está restrita ao gabinete. Computadores foram levados pelos policiais. Além do local, imóveis em BH e região metropolitana são vasculhados pelos investigadores.

Em nota, a polícia informou que "o objetivo é apurar informações que um parlamentar que atua na CMBH estaria envolvido em supostos esquemas criminosos de rachadinha, contratação de funcionários fantasmas e corrupção".

Segunda vez

Essa é a segunda ação policial na Câmara de BH em menos de cinco dias. Na última sexta-feira (21), o gabinete do vereador Ronaldo Batista de Morais (PSC) também foi vasculhado por investigadores. 

Os policiais que investigam o assassinato de Hamilton Dias de Moura, vereador de Funilândia, chegaram até o político da capital. Na ação, quatro pessoas foram presas.

Cassações

Em agosto do ano passado, o vereador Cláudio Duarte (PSL) teve o mandato cassado por unanimidade devido à prática de rachadinha. Foi o primeiro caso da história da Câmara, fundada em 1936.

Três meses depois, o parlamentar Wellington Magalhães (DC) também perdeu a cadeira após denúncia de tráfico de influência, ameaça a parlamentares, recebimento de propinas e fraudes em licitação.

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