(ONG Amigos do Trem/Divulgação)
As viagens do trem turístico que vai ligar Minas ao Rio de Janeiro, com estreia prevista para o segundo semestre deste ano, devem durar aproximadamente seis horas e custar cerca de R$ 100. As informações são do presidente da Organização da Sociedade Civil de Interesse Público (Oscip) Amigos do Trem, Paulo Henrique do Nascimento, à frente da implantação do trecho, que vai ligar a cidade de Cataguases, na Zona da Mata mineira, à cidade de Três Rios, no Estado fluminense, passando por Leopoldina, Recreio, Volta Grande, Além Paraíba e Chiador, no trecho mineiro, e Sapucaia, no Estado do Rio. Nove vagões estão sendo preparados para transportar até 850 passageiros por dia.
"Estamos terminando os cálculos, mas os preços vão ser muito atrativos. A ideia é ter um trem turístico como o de Ouro Preto-Mariana e Tiradentes-São João del Rei. Ao todo, serão 160 km com vários roteiros turísticos, que vão desde as belezas naturais às fazendas históricas de Minas", explicou.
Segundo Paulo Henrique, a estimativa de gasto para que o trem entre em operação é de R$ 1 milhão e, até agora, já foram gastos R$ 800 mil. "Estamos conversando com o Sebrae e buscando empresas parceiras que tenham interesse em investir", disse, destacando que as locomotivas já foram recuperadas.
Os turistas poderão fazer o trajeto completo de ida e volta ou retornar para a origem trocando de trem na metade do caminho. "Dentro do trem, o passageiro poderá contar com pacotes de roteiros turísticos, projetos culturais, encontros e restaurante. Já estou recebendo e-mail de passageiros até de fora do país interessados na viagem", contou Paulo Henrique. Os passeios serão realizados aos sábados, domingos e feriados.
A expectativa é que a atividade contribua com a geração de cerca de 500 empregos diretos e indiretos, além de manter preservado o patrimônio histórico das cidades. O projeto Trem turístico Rio-Minas é coordenado pela Organização da Sociedade Civil de Interesse Público (Oscip) Amigos do Trem e conta com o apoio das prefeituras, da iniciativa privada, além da concessionária da ferrovia Centro Atlântica e de órgãos do governo federal ligados ao transporte ferroviário.
* Com Rosiane Cunha