(Valéria Marques / Hoje em Dia)
Após mais de uma década de descaso, o novo Complexo Esportivo do Pompeia deve ser entregue à população. As obras no antigo campo de futebol do clube amador, na região Leste de BH, devem ser finalizadas ainda neste semestre.
Em meados de 2012, o local foi desativado para a modernização da malha ferroviária que liga a região do Horto, na zona Leste da capital, à estação General Carneiro, em Sabará. Nos anos seguintes, a área ficou abandonada, acumulando lixo e entulho. O problema foi denunciado várias vezes pelo Hoje em Dia. O bota-fora só foi desativado a partir de setembro de 2022, quando as intervenções foram iniciadas.
Hoje em Dia mostrou os problemas no local, que chegou a ser um bota-fora (Maurício Vieira)
Após a reforma, além do gramado sintético, o complexo terá disponível vestiários e quadras poliesportiva e de peteca. A Superintendência de Desenvolvimento da Capital (Sudecap) não informou a data exata de finalização dos trabalhos.
Apesar disso, o coordenador de Atendimento da Regional Leste, Elson Alípio Júnior, garante que o projeto está bem encaminhado. “A obra está avançada e será entregue com certeza até o fim do ano. Tem tudo para ser um espaço interessante para a população dos bairros próximos”.
O empreendimento faz parte de um convênio entre a Prefeitura de Belo Horizonte (PBH) e a Vale, com a Ferrovia Centro Atlântica. Ao todo estão sendo investidos R$ 5,6 milhões.
Uma segunda etapa da obra ainda será necessária, com o objetivo de construir uma cobertura para as quadras e arquibancada para o campo. As intervenções devem durar até o primeiro semestre de 2025 e não vão interferir na utilização dos demais espaços.
Em nota, a Sudecap informou que a segunda etapa está em elaboração de projeto, com investimento de R$ 990 mil, com recursos da PBH.
Bota-fora
Além de um novo espaço para a população usufruir, a entrega do complexo irá representar um alívio à população. Alvo de reclamação desde 2012, por muito tempo o local foi utilizado como bota-fora e vinha acumulando lixo.
Mau cheiro, restos de construção, preservativos usados, pedaços de madeira, pneus, animais mortos, mato alto e eletrodomésticos estavam presentes no cenário local.
Com o avanço das obras, segundo Elson, a situação se normalizou e o espaço já conta com muros e cercas. “Hoje a gente lá não tem mais o acúmulo clandestino de entulho de lixo que vinha acontecendo. Não vamos medir esforços para coibir esse tipo de ação lá”.