Praça Raul Soares

VÍDEOS E FOTOS: milhares vão às ruas de BH contra a PEC da Blindagem e anistia para golpistas

Manifestação na Praça Raul Soares, com a presença de Fernanda Takay, critica projeto que dificulta prisão de parlamentares e perdão a condenados pelo 8 de janeiro

Do HOJE EM DIA
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21/09/2025 às 11:18.
Atualizado em 21/09/2025 às 13:14
Milhares de pessoas se reuniram na Praça Raul Soares, no Centro de BH (Valéria Marques/Hoje em Dia)

Milhares de pessoas se reuniram na Praça Raul Soares, no Centro de BH (Valéria Marques/Hoje em Dia)

Um grande ato político tomou a Praça Raul Soares, na região central de Belo Horizonte, neste domingo. A manifestação, que mobilizou diversos movimentos sociais, partidos de esquerda e centrais sindicais, reuniu milhares de pessoas e teve como pautas principais a rejeição à PEC da Blindagem e a anistia para os condenados pela tentativa de golpe de Estado em 8 de janeiro de 2023.

O evento contou com a participação da cantora Fernanda Takay, que se apresentou em um caminhão de som do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST). "É sempre pior do que a gente possa imaginar", disse a artista antes de tocar sucessos de sua banda, Pato Fu, reforçando a urgência da pauta.

Fernando Takay durante o ato em BH (Valéria Marques/Hoje em Dia)

Fernando Takay durante o ato em BH (Valéria Marques/Hoje em Dia)

A PEC da Blindagem, aprovada pela Câmara na última terça-feira (16), na prática, cria barreiras para a abertura de processos criminais e a prisão de deputados federais e senadores. Os manifestantes a criticam, chamando-a de "PEC da Bandidagem", pelo potencial de suspender a investigação de crimes e promover a impunidade.

'É importante ser exemplo'

Entre os participantes, a professora Cássia Estela Mares, de 62 anos, presidente do sindicato dos funcionários públicos de Ouro Branco, destacou o simbolismo da manifestação. "Eu acho muito importante fazermos parte desse momento da nossa história, porque nós não podemos permitir que o povo seja levado da forma como está acontecendo", afirmou.

Acompanhada da filha e da neta, a professora ressaltou a importância de inspirar as novas gerações. "Nós, dessa outra geração que já fomos tantas vezes para a rua, temos que ser exemplo para os nossos filhos e para os nossos netos. E hoje eu tenho a alegria de compartilhar esse momento... dizendo não a essa PEC da bandidagem na companhia da minha filha e da minha neta. Tenho certeza que isso vai ser levado para outras gerações", completou.

Manifestantes durante caminhada pelas ruas do Centro de BH (Rodrigo Tavares)

Manifestantes durante caminhada pelas ruas do Centro de BH (Rodrigo Tavares)

Após a concentração na praça, os manifestantes iniciaram uma marcha pelas ruas e avenidas do centro de BH até a Praça da Estação. Além de criticar a PEC da Blindagem, o ato também se posicionou contra a proposta de anistia para os condenados por tentativa de golpe, incluindo o ex-presidente Jair Bolsonaro, sentenciado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) a 27 anos de prisão.

Após descer a avenida Amazonas rumo ao Centro, manifestação contra PEC da Blindagem e anistia chega à Praça da Estação e começou a dispersar (Rodrigo Tavares)

Após descer a avenida Amazonas rumo ao Centro, manifestação contra PEC da Blindagem e anistia chega à Praça da Estação e começou a dispersar (Rodrigo Tavares)

  

  

  Milhares de pessoas se reuniram neste domingo na Praça Raul Soares, na região central de Belo Horizonte, para protestar contra a chamada PEC da Blindagem e a proposta de anistia para os condenados pela tentativa de golpe de estado em 8 de janeiro de 2023. A mobilização em BH integra uma série de atos que acontecem em pelo menos 30 cidades e 22 capitais do país.

O evento, que contou com a participação de partidos de esquerda, movimentos sociais e centrais sindicais, teve um momento musical com a cantora Fernanda Takay, que se apresentou em um caminhão de som do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST). "É sempre pior do que a gente possa imaginar", disse a artista, antes de tocar sucessos de sua banda, Pato Fu.

A PEC da Blindagem, aprovada pela Câmara dos Deputados na última terça-feira (16), dificulta a abertura de processos criminais e a prisão de deputados federais e senadores. A proposta é criticada pelos manifestantes, que a chamam de "PEC da Bandidagem" por seu potencial de suspender a apuração de crimes.

Luta pela democracia e contra a impunidade
Entre os presentes, a professora Cássia Estela Mares, de 62 anos, presidente do sindicato dos funcionários públicos de Ouro Branco, ressaltou a importância da mobilização. "É muito importante fazermos parte desse momento da nossa história, porque nós não podemos permitir que o povo seja levado da forma como está acontecendo", disse. "Nós, dessa outra geração, que já fomos tantas vezes para a rua, temos que ser exemplo para os nossos filhos e para os nossos netos."

A professora, que estava acompanhada da filha e da neta, destacou a relevância de lutar contra a impunidade e de transmitir esses valores para as futuras gerações. "Eu tenho a alegria de compartilhar esse momento, de estar nesse movimento hoje, dizendo não a essa PEC da bandidagem, na companhia da minha filha e da minha neta. E eu tenho certeza que isso vai ser levado para outras gerações", afirmou.

Da Praça Raul Soares, os manifestantes caminharam pelas ruas e avenidas da região central de BH. Além da PEC da Blindagem, os atos também criticam a proposta de anistia para condenados por tentativa de golpe de Estado, incluindo o ex-presidente Jair Bolsonaro, sentenciado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) a 27 anos de prisão.

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