CIUDAD JUAREZ - Pelo menos 26 pessoas foram assassinadas em diferentes partes do México, principalmente no norte, durante a madrugada de sexta (4) para sábado (5), em fatos aparentemente ligados ao crime organizado, informaram autoridades locais.
Das 26 mortes violentas, 16 ocorreram no estado de Chihuahua, na fronteria com os Estados Unidos, enquanto em Sinaloa (nordeste) foram seis, e quatro nos subúrbios da cidade de Guadalajara (oeste).
Entre os fatos mais sangrentos ocorridos em Chihuahua está o assassinato de seis homens, três deles parentes de um prefeito, no município de Balleza, na zona sul do estado, que divide uma ampla fronteira com os Estados Unidos.
Segundo a promotoria, os homens foram torturados e mortos a tiros e seus corpos, jogados em um barranco, onde foram encontrados na noite de sexta.
As vítimas já foram identificadas e, entre elas, estão três familiares do prefeito de Balleza, Ramón Jurado, detalhou a promotoria.
Outros três corpos com ferimentos a tiros foram localizados no município de Parral, enquanto na cidade de Delicias foram cometidos outros quatro assassinatos em separado.
A promotoria reportou, ainda, dois assassinatos no município de Jiménez e outro em Ciudad Juárez, na fronteira com El Paso, Texas.
Em Sinaloa, que limita com a parte sul de Chihuahua, a promotoria informou que nas últimas horas foram assassinadas seis pessoas em duas diferentes localidades do estado. Uma das vítimas é uma mulher, cujo corpo foi encontrado em uma casa abandonada na capital, Culiacán.
Em Zapopan, um subúrbio de Guadalajara, a segunda cidade do país, quatro homens foram mortos a tiros no interior de uma residência na madrugada deste sábado, informou a polícia municipal em um informe à imprensa.
Chihuahua e Sinaloa são dos estados mais afetados pela violência ligada ao crime organizado, que, segundo o governo federal, deixou 70 mil mortos nos últimos seis anos, a maioria em confrontos entre cartéis e operações militares.
A madrugada de sexta para sábado foi a mais violenta já registrada neste início de 2013. Em 1º de dezembro passado, Enrique Peña Nieto assumiu a Presidência do México com o compromisso de diminuir os elevados índices de violência.