Violência volta a abalar o Iraque e fossas comuns são encontradas

Salam Faraj - AFP
27/11/2013 às 16:37.
Atualizado em 20/11/2021 às 14:25

BAGDÁ - A polícia iraquiana encontrou nesta quarta-feira (27), 14 corpos de homens mortos a tiros em Bagdá, enquanto outras 25 pessoas morreram em episódios de violência no Iraque.

Os 14 corpos foram encontrados em duas fossas comuns, segundo fontes policiais e médicas.

As fossas comuns foram localizadas nos bairros de Dura e Shuala, mas as autoridades ainda não conseguiram determinar a data das mortes das vítimas, que tinham de 20 a 30 anos.

Oito corpos tinham os olhos vendados e foram encontrados no bairro de maioria sunita de Dura. Os outros seis estavam em um canal do bairro de maioria xiita de Shuala.

A capital iraquiana também foi cenário na quarta-feira de novos episódios violentos que deixaram nove mortos, incluindo cinco membros da mesma família sunita, que foram assassinados em uma casa do bairro de Huriyah.

Um homem-bomba detonou os explosivos em meio a um enterro na região de Bagdá e matou nove pessoas.

O atentado, que aconteceu em Abu Ghraib, localidade de maioria sunita ao oeste da capital, também deixou 23 feridos.

Cinco pessoas morreram e 11 policiais ficaram feridos em dois ataques em Ramadi, capital da província de Al-Anbar.

Perto da cidade de Mossul, dois professores foram fuzilados.

Mais de 6.000 pessoas morreram em atos de violência em 2013 no Iraque, o maior número desde o conflito religioso entre xiitas e sunitas entre 2006 e 2007.

As autoridades e os analistas políticos temem o aumento dos ataques com a aproximação das eleições legislativas, previstas para abril.

O governo do primeiro-ministro xiita, Nuri al-Maliki, desenvolve há vários meses operações militares para lutar contra a insurreição, mas sem resultados concretos.

A guerra na Síria, a paralisia do Estado e a corrupção endêmica favorecem o aumento da violência, mas os atentados também acontecem em um contexto de profunda revolta da minoria sunita, que alega estar marginalizada e estigmatizada pelo governo.

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