O Mercado Central de Belo Horizonte é um dos pontos turísticos mais frequentados da capital. E, neste sábado (14) em que se comemora o Dia Nacional da Conscientização das Doenças Cardiovasculares na Mulher, os visitantes podem aproveitar para conferir a saúde do coração.
Na campanha de conscientização, até às 12h30, representantes das Ligas de Cardiologia da Faculdade de Ciências Médicas de Minas Gerais e da Faculdade de Medicina da PUC distribuem cartilhas sobre o tema e aferem a pressão de quem quer saber mais sobre os fatores de risco, ampliação e antecipação do diagnóstico desse tipo de doenças no público feminino.
Mulheres aprendem sobre prevenção a doenças cardiovasculares no Mercado Central (Ana Fazito / Divulgação)
Esta é a primeira vez em que a data é celebrada, depois que o Dia Nacional de Conscientização das Doenças Cardiovasculares na Mulher foi instituído pela Lei 14.320 de março deste ano.
A promoção é da Sociedade Mineira de Cardiologia (SMC) e da Associação Médica de Minas Gerais (AMMG), que vai iluminar de vermelho a sede, que fica na Av. João Pinheiro, 129, no Centro de Belo Horizonte.
Segundo os organizadores, em 2019 as doenças do aparelho circulatório foram responsáveis por mais de 170 mil óbitos de mulheres no Brasil, de acordo com informações do DataSUS.
A diretora do Departamento de Saúde da Mulher da Sociedade Mineira de Cardiologia, Marildes de Castro destaca a importância da prevenção e alerta que as pessoas desconhecem o perigo da doença cardiovascular para a mulher. “ A doença cardiovascular mata sete vezes mais que a segunda causa de morte da mulher, que é o câncer de mama. E a gente vê muita prevenção ginecológica (câncer de útero) e de câncer de mama. E não vê nenhum movimento da mulher em relação à prevenção da doença cardiovascular, que é a principal causa de morte da mulher.”
Visitantes podem medir a pressão no Mercado Central (Ana Fazito / Divulgação)
Fatores de risco
O envelhecimento, o aumento do nível de colesterol e da pressão arterial são fatores de risco que surgem com regularidade. A falta de atividade física e a dieta inadequada são aspectos que levam ao sobrepeso e à obesidade que também aumentam o risco cardiovascular. A obesidade é um fator de risco preocupante, já que o número de mulheres obesas no Brasil cresceu 64% em 10 anos. Quando a mulher fuma e usa pílula anticoncepcional, os riscos cardiovasculares são triplicados.
Marildes de Castro diz que o objetivo da campanha de prevenção é informar a mulher do risco que ela corre, quando ela não presta atenção na doença cardiovascular e no risco infarto. “80% dos fatores de risco podem ser combatidos. Então, a mulher precisa conhecer a sua glicemia, os seus números, a sua pressão arterial que é um inimigo silencioso, responsável por muitas mortes no Brasil e no mundo”, finaliza a médica.