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A vitamina D, que é importante para regulação do fornecimento de cálcio e fósforo no organismo, foi apontada como grande aliada para o combate à pandemia do novo coronavírus. A relação com a doença surgiu após um estudo italiano apontar que a maioria dos pacientes hospitalizados com a Covid-19 apresentou falta de vitamina D.
No entanto, o infectologista Unaí Tupinambá alerta que não há comprovação científica que ateste a eficácia da vitamina que é obtida pela exposição à luz do sol como ferramenta capaz de reduzir os fatores de risco da doença. O médico, que faz parte do Comitê de Enfrentamento da Epidemia da Covid-19, criado pela Prefeitura de BH, reconhece que tomar banho de sol é importante para uma vida saudável.
"Mas não tem estudo comprovando a eficácia da vitamina D no novo coronavírus. Tomar banho de sol é recomendável por questão de saúde de modo geral, assim como ficar em ambiente arejado e manter-se sempre hidratado", declarou. De acordo com o especialista, as pesquisas precisam ser aprofundadas e, por isso, não é indicado ficar torrando no sol ou fazer suplementação por conta própria da vitamina.
"Para uma vida saudável é preciso tomar sol 15 minutos por dia, quatro vezes por semana. É sempre muito bom esse hábito para metabolizar a vitamina que vem do sol. Mas não tem nenhuma evidência com relação à Covid-19", reafirmou.Pixabay
Sol é a principal fonte de vitamina D
Outros tratamentos
O infectologista também comentou sobre remédios que, nos últimos dias, foram mencionados como capazes de tratar o novo coronavírus. A cloroquina e a hidroxicloroquina são alguns deles. Mas, mais uma vez, Tupinambá destaca a falta de comprovação científica nos tratamentos.
"Alias, não tem nenhuma evidência de nenhum medicamento. O que estava fazendo é uma emergência em saúde pública, usando alguns relatos de boa resposta. Mas esses medicamentos devem ser usados apenas com prescrição médica, porque têm efeitos colaterais", disse. Dentre as contra-indicações, citou o médico, estão pessoas com diabetes e com problemas no coração. "Podem provocar parada cardíaca", exemplificou.
Conforme o especialista, "as evidências vão surgir a partir deste novo ambiente de pesquisa. Por isso, os remédios somente devem ser usados no ambiente de pesquisa e com prescrição médica", ressaltou.