(Reprodução Street Views)
Uma doença desconhecida, caracterizada por sintomas graves e comprometimento renal e neurológico mobiliza uma força-tarefa entre os órgãos de saúde de Belo Horizonte, do Estado e do governo federal desde dezembro de 2019. O que foi divulgado até o momento sobre o mal é resultado da análise clínica do quadro dos sete pacientes acometidos pela enfermidade. Um deles morreu.
Segundo a Secretaria de Estado de Saúde (SES-MG), em comum, todos são do sexo masculino, têm entre 23 e 76 anos e, dos sete, seis moram ou estiveram no mesmo período de tempo no bairro Buritis, na região Oeste da capital. O primeiro caso foi notificado em 19 de dezembro e o último no dia 31 do mesmo mês.
O mistério relacionado à doença ganhou o destaque nas redes sociais, com o surgimento de uma suposta relação com um caso de intoxicação por cerveja, e chegou à fatalidade da morte confirmada da primeira vítima, na noite dessa terça-feira (7), em Juiz de Fora, na Zona da Mata mineira.
Trata-se do bancário ubaense Paschoal Demartini Filho, de 55 anos. Ele se sentiu mal após passar o Natal na casa do genro, que mora no Buritis e está internado na capital com os mesmos sintomas. O corpo de Paschoal deverá deixar Juiz de Fora para ser periciado pelo Instituto Médico-Legal (IML) em Belo Horizonte. Nessa terça (7), uma equipe do Ministério da Saúde em Brasília chegou à capital mineira para apoiar a investigação epidemiológica do caso.
Sintomas do mal
Entre os sintomas, segundo a SES, estão náusea, vômito e dores abdominais associados à insuficiência renal aguda grave. Além disso, alguns pacientes tiveram alterações neurológicas, como paralisia facial, borramento visual, perda parcial da visão e alteração na sensibilidade.
Nesta quarta-feira (8), está previsto que uma força-tarefa de órgãos de saúde faça uma varredura em estabelecimentos comerciais e residências do Buritis em busca de pistas que ajudem a elucidar os casos.
Apesar da situação incomum, a pasta pede que a população tenha calma, pois considera que os casos são pontuais, relacionados a esse bairro e não há registro de novos pacientes, como explicou o subsecretário de Vigilância em Saúde do Estado, Dario Brock Ramalho, em entrevista ao Hoje em Dia.