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Importante para a regulação do fornecimento de cálcio e fósforo ao organismo, atuando no bom funcionamento de ossos, intestino e rins, a vitamina D é obtida pelo corpo humano especialmente pela exposição solar. Ou seja, é comum pessoas receberem a recomendação médica de tomar sol depois de um check-up revelar uma taxa baixa dessa vitamina no corpo.
Mas qual é a melhor maneira de garantir a produção de vitamina D no corpo, sem correr o risco de adquirir um câncer de pele? De acordo com Ana Carolina Cherobin, membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia e médica do Hospital das Clínicas, a exposição ao sol segura deve acontecer antes das 10h e depois das 16h.
“Nosso país é tropical e recebe radiação ultravioleta na maior parte do dia e na maior parte do ano. Não há necessidade para que o paciente fique muito exposto ao sol para a produção da vitamina D. Como temos muitos casos de câncer de pele, é mais importante proteger a pele do que ter uma exposição sem controle em nome da vitamina D”, explica a médica.
Para as pessoas que têm maior risco de ter câncer de pele (veja abaixo), a orientação é de uma proteção da pele mais rigorosa (com roupas que cobrem a pele e protetor solar durante todo o dia) e encaminhamento para um endocrinologista para a reposição via oral de vitamina D. Isso vale também para as pessoas que possuem alguma dermatite ou alergia à exposição solar.
Em caso de exposição ao sol entre 10h e 16h, recomenda-se o uso de protetor solar e acessórios, como óculos escuros, chapéus e bonés. “No caso de exposição ao sol em momentos de recreação, como clubes e praias, deve-se passar protetor solar por toda pele de fator mínimo de 30 e repor a cada três horas”, diz a dermatologista.
Para os trabalhadores que se expõem ao sol durante todo o dia (como pedreiros, garis, motoristas, ambulantes, entre outros), a recomendação é de uso de roupas que cubram o corpo todo e de protetor solar. A legislação brasileira obriga que empresas que possuem funcionários expostos ao sol ofereçam o protetor a todos eles.
Conheça os fatores de risco de câncer de pele:
- Alguém na sua família tem ou já teve câncer de pele?
- Você já teve mais de seis queimaduras de sol durante a vida, daquelas em que a pele fica vermelha e ardendo?
- Tem muitas sardas ou mais de 50 pintas pelo corpo?
- Tem pele muito clara?
- Está com alguma ferida que não cicatriza?
- Possui alguma pinta no corpo que está se modificando, mudando de cor ou crescendo?
- Tem mais de 65 anos?