Filme é o primeiro brasileiro a vencer o maior prêmio do cinema mundial
"Ainda estou aqui" é o primeiro filme brasileiro a vencer um Oscar (Sony Pictures/Reprodução)
Walter Salles, diretor de "Ainda estou aqui", que venceu o Oscar de Melhor Filme Internacional neste domingo (2), dedicou o prêmio a Eunice Paiva, a personagem central da história, às atrizes Fernanda Torres e Fernanda Montenegro e a todas as mulheres. A produção brasileira concorreu com outros quatro títulos ao prêmio máximo do cinema.
Também brigavam pelo troféu os filmes "A Garota da Agulha" (Dinamarca), "Emilia Pérez" (França), "A Semente do Fruto Sagrado" (Alemanha) e a animação "Flow" (Letônia).
O Brasil já havia participado da premiação tempos atrás. Desde a primeira edição do Oscar, em 1929, 13 produções feitas no país - sendo nove 100% nacionais - foram lembradas.
O último longa brasileiro indicado na categoria "Melhor Filme Internacional" foi "Central do Brasil", em 1999 - também dirigido por Walter Salles. Em 2004, "Cidade de Deus", de Fernando Meirelles, concorreu em quatro categorias: direção, roteiro adaptado, montagem e fotografia. Porém, não recebeu nenhuma estatueta.
"Ainda estou aqui" segue na disputa desta noite (2) nas categorias Melhor Atriz, para Fernanda Torres, e Melhor Filme.
O filme dirigido por Walter Salles é um relato biográfico de parte da vida de Eunice Paiva, viúva do ex-deputado Rubens Paiva, preso, torturado e morto pela ditadura militar. O papel de Eunice é interpretado por Fernanda Torres.
Eunice Paiva criou os cinco filhos e se tornou advogada de direitos humanos e indígenas após o desaparecimento do marido em 1971, no Rio de Janeiro. O filme é baseado no livro biográfico do jornalista Marcelo Rubens Paiva, filho caçula de Eunice e Rubens Paiva.
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