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O secretário de Estado dos Estados Unidos, Mike Pompeo, acusou nesta sexta-feira (31) seu colega russo, Serguei Lavrov, de defender o ataque do regime de Damasco, apoiado por Moscou, contra a última grande fortaleza rebelde na cidade síria de Idlib.
"Sergei Lavrov defende o ataque sírio e russo contra Idlib", tuitou Pompeo.
"Os Estados Unidos consideram que é uma escalada em um conflito já perigoso", acrescentou.
"Os três milhões de sírios que já se viram obrigados a abandonar seus lares e que agora estão em Idlib vão sofrer esta agressão. Isso não está bem. O mundo está olhando", advertiu o chefe da diplomacia americana.
Situada no noroeste do país em guerra, na fronteira com a Turquia, a província de Idlib está dominada pelos extremistas do Hayat Tahrir al-Sham (HTS). Também há outras facções rebeldes presentes.
Este último grande reduto insurgente está na mira de governo Bashar al-Assad, que acumula vitórias, desde 2015, com o crucial apoio aéreo de seu aliado russo, conseguindo controlar mais de 60% do território.
Recentemente, Estados Unidos, França e Reino Unido advertiram ao presidente Assad e Moscou que não permitiriam nenhum uso de armas químicas por parte do governo, em caso de ofensiva em Idlib.
Em resposta, na quarta-feira (29), o chanceler russo disse esperar que os países ocidentais "não ofereçam obstáculos à operação antiterrorista" nesta região.
"É necessário liquidar este abscesso", enquanto se "minimizam o máximo possível os riscos para a população civil", acrescentou, parecendo confirmar a iminência de uma ofensiva.