Bombeiros que atuaram em Brumadinho têm excesso de metais no sangue

Juliana Baeta
20/02/2019 às 14:30.
Atualizado em 05/09/2021 às 16:38
 (Corpo de Bombeiros MG/Divulgação)

(Corpo de Bombeiros MG/Divulgação)

O resultado dos exames de pelo menos quatro bombeiros que tiveram contato com a lama nas operações em Brumadinho, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, apontou para a presença de excesso de metais pesados no sangue. A elevação de alumínio foi detectada em três dos exames, e um quarto apontou ainda para a presença de cobre no sangue. 

Segundo nota enviada pelo governo de Minas, "a alteração nesses parâmetros não significa a intoxicação aguda por esses metais" e os profissionais permanecem sem apresentar sintomas. "É esperado que após a interrupção da exposição, os níveis destes metais no organismo sejam normalizados", conclui o comunicado.

De acordo com o Corpo de Bombeiros, os militares que tiveram os resultados dos exames alterados já retornaram aos trabalhos. Mas segundo a Fundação Ezequiel Dias (Funed), eles estão trabalhando em outros lugares que não envolvam contato direto com a lama. "Justamente por isso é esperado, que, após essa interrupção do contato, os níveis de metal no organismo sejam normalizados", diz o comunicado. 

A Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Semad) já havia informado que, com base nos resultados do monitoramento do rio Paraopeba, que a água apresenta riscos à saúde humana e animal.

Ainda conforme a Funed, os exames serão realizados nos bombeiros até esta sexta-feira (22). Veja a nota na íntegra:

"Considerando o tipo de atividade de busca e salvamento realizado em Brumadinho, foi aplicado protocolo de monitoramento da saúde em todos os militares empenhados na zona quente, por meio da verificação da dosagem de metais no sangue e urina. Exames iniciais apontaram alterações, mas que não significam intoxicação aguda por esses metais. Essas pessoas permanecem sem sintomas e seguindo o protocolo de monitoramento de sua saúde. Elas continuam trabalhando, mas em outras áreas em que não haja contato direto com os rejeitos do rompimento da barragem. Justamente por isso é esperado, que, após essa interrupção do contato, os níveis de metal no organismo sejam normalizados. Como existe um protocolo próprio para confirmação dessa informação, os profissionais estão realizando coleta de material na Funed até sexta-feira (22/2). Essa coleta está sendo feita na Fundação porque no local são seguidos os protocolos próprios para esses casos. Entretanto, a análise de parte do material também será realizada em parceria com o Instituto Evandro Chagas, do Pará, que é o laboratório de referência nacional para estas análises, sendo também o órgão que vai determinar os prazos para haver os resultados". 

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