Meio ambiente

Borboleta ribeirinha, em risco de extinção, é monitorada em dois locais de Minas

Da Redação*
portal@hojeemdia.com.br
12/04/2022 às 18:34.
Atualizado em 12/04/2022 às 18:37
Exemplar da rara borboleta Ribeirinha é registrado em Minas por pesquisadores da UFMG (YouTube / TV UFMG / Reprodução)

Exemplar da rara borboleta Ribeirinha é registrado em Minas por pesquisadores da UFMG (YouTube / TV UFMG / Reprodução)

Pesquisadores da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) encontraram na Serra da Canastra, no sudoeste do Estado, um exemplar da rara borboleta ribeirinha (Parides burchellanus), que está na lista vermelha de espécies em risco de extinção da União Internacional para a Conservação da Natureza.

Com asas pretas e detalhes em rosa, ela habita matas ciliares, que tenham sombra, muita água (como riachos e córregos) e que tenham uma trepadeira chamada “papo-de-peru” ou “jarrinha”, usada como alimentação da fase larval da ribeirinha.

"A ribeirinha ocorre no Distrito Federal, em Brumadinho (Grande BH) e, agora, na Serra da Canastra, onde foram descobertas há pouco tempo”, conta a bióloga Marina Beirão em entrevista à TV UFMG.

Segundo a pesquisadora, desde o início deste ano, uma equipe de pesquisadores visita Brumadinho semanalmente para realizar a coleta e marcação de ribeirinhas, com o auxílio de uma caneta de tinta atóxica. Ainda conforme a bióloga, curiosamente foi encontrado um maior número de borboletas machos e jovens, pois saem do casulo antes das fêmeas. Depois de analisadas, as ribeirinhas são devolvidas à natureza.

“Se, eventualmente, a borboleta ou a planta (da qual se alimenta) desaparecem, toda uma história evolutiva é perdida. E isso pode ameaçar o equilíbrio ambiental daquele local. Por isso, é feito o monitoramento”, explica o professor Frederico Neves, do Laboratório de Ecologia de Insetos do ICB-UFMG, também em entrevista à TV UFMG.

Ele acrescenta que incêndios criminosos, desmatamento e poluição podem provocar um efeito dominó capaz de levar ao desaparecimento não apenas das borboletas já ameaçadas, mas, possivelmente, de outros seres vivos.

(*) Com TV UFMG.

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