Alerta nacional é emitido após consumo de bebidas adulteradas em 13 estados; Minas Gerais notifica e descarta primeira suspeita
O Brasil vive um momento de risco sanitário elevado devido à circulação de bebidas alcoólicas adulteradas com metanol, uma substância altamente tóxica. O Ministério da Saúde informou nesta segunda-feira (6) o registro de 225 casos de intoxicação relacionados ao consumo desses produtos em 13 estados do país.
Em Minas Gerais, foi registrada a primeira suspeita de intoxicação por metanol no sábado (4), na cidade de Santa Maria do Suaçuí, no Vale do Rio Doce. No entanto, a Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG) informou que o caso foi descartado.
A decisão de descarte ocorreu após análise com o Centro de Informação e Assistência Toxicológica de Minas Gerais (CIATox/MG), que concluiu que o quadro da pessoa não atendia à definição de caso suspeito. A SES-MG confirmou que os sintomas eram compatíveis com febres hemorrágicas.
O metanol é uma substância imprópria para consumo humano, que tem sido usada na adulteração de bebidas destiladas. Sua ingestão pode causar consequências graves, como cegueira irreversível e risco de morte.
O Ministério da Saúde classificou a situação como de risco sanitário elevado em nível nacional e determinou que todos os estados e municípios notifiquem imediatamente qualquer suspeita.
A SES-MG reforça que o diagnóstico e o início do tratamento nas primeiras seis horas após os sintomas são determinantes para salvar vidas.
Os primeiros sintomas de intoxicação podem surgir em até seis horas, incluindo dor abdominal intensa, tontura, náuseas, vômitos e confusão mental. Em seguida, entre seis e 24 horas, podem aparecer sinais mais graves, como visão turva ou embaçada, perda da visão das cores, convulsões e até coma.
Para reduzir os riscos, a orientação é simples: adquirir bebidas apenas em locais de confiança, verificar lacres e rótulos e desconfiar de preços muito abaixo do mercado.