(Hoje em Dia)
Desde que a mudança na legislação foi implementada, os clubes de tiro de Belo Horizonte registraram aumentos exponenciais na procura de pessoas interessadas em dar entrada no processo de posse de arma.
Marco Brito, diretor do Protect Clube Mineiro de Tiro, na região Oeste da capital, afirma que o crescimento foi sentido em todos os estabelecimentos do tipo instalados na metrópole.
“Aqui tivemos um aumento de cerca de 60% na procura. Mas não acho que esse acréscimo esteja somente ligado à mudança na lei em si. Isso é reflexo da criminalidade e aumento da impunidade”, diz.
Corrida
A corrida de clientes que querem aprender a manusear uma arma também foi percebida no Attack Clube de Tiro e Caça, na região Noroeste de BH. A vice-presidente do clube, Chiara Rodrigues Costa, acredita que a flexibilização na posse contribuiu para o movimento.
“Desde que o presidente assinou o decreto, a procura foi muito grande. As pessoas querem se informar, entender como funciona o armamento. Antes, as pessoas achavam que era uma coisa impossível ter uma arma em casa, e agora já sabem que não é bem assim. Percebemos não só um aumento no número de pessoas que deram entrada no processo da posse, como também em busca do curso e da prática esportiva”, afirma.
Regras
Atualmente, para conseguir a posse de arma, é preciso ter mais de 25 anos, não responder a processo criminal ou inquérito policial e comprovar uma ocupação lícita. “Depois disso, encaminhamos o interessado para o teste psicológico, uma prova teórica e o teste de tiro, que é feito aqui mesmo com um instrutor licenciado pela PF. Este exame consiste em duas sequências de dez tiros, uma a cinco e outra a sete metros de distância. Para passar, é preciso ter uma margem de acerto de 60%”, explica Chiara.
Após completar esse processo, a documentação é encaminhada à PF, que autoriza ou não a posse.
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