Entidade alegou falta de tempo hábil e demora da Polícia Militar de Minas para que jogo fosse realizado com presença da torcida
(Lucas Figueiredo / CBF)
A Confederação Brasileira de Futebol (CBF) se manifestou, mais uma vez, a respeito da polêmica do jogo Cruzeiro X Palmeiras, nesta quarta-feira (4), no Mineirão, que será com portões fechados. Horas após a Polícia Militar de Minas ter dado coletiva afirmando que garantiria a segurança da partida, a entidade do futebol divulgou o passo a passo das negociações entre clubes e forças de segurança.
De acordo com a CBF, a Polícia Militar enviou, às 00h20 de terça-feira (3), o Ofício nº 150.Sect/2024 comunicando mudança de recomendação dada anteriormente - para que não houvesse torcidas de Cruzeiro e Palmeiras no estádio - e informando que seria possível a presença de público, que seria garantida a "segurança policial necessária".
Mas, segundo a CBF, o posicionamento foi comunicado em tempo menor que o necessário para liberar a entrada de torcedores e que, por isso, expediu, na manhã desta quarta-feira (4), resposta à polícia mineira (ofício nº 3637) informando não ser possível "operacionalizar a realização da partida com a presença de público". E ratificou que a partida deverá ocorrer com portões fechados, "reafirmando, assim, o privilégio à isonomia entre os clubes participantes da competição", destacou o documento.
Por conta das brigas entre as torcidas organizadas de Cruzeiro e Palmeiras, o Governo de Minas alegou que a melhor decisão seria que o jogo fosse realizado com torcida única.
A decisão desagradou o Palmeiras, que alegou falta de isonomia, já que o Cruzeiro teve a presença dos torcedores no jogo realizado no Allianz Parque, casa do time paulista.
Por conta da indefinição, a CBF determinou que o jogo fosse realizado com o sportões fechados. O Governo de Minas chegou a entrar na Justiça para reverter a decisão, mas foi vetado.