Segurança

Cruzeiro x Palmeiras: CBF detalha passo a passo até decisão por portões fechados no Mineirão

Entidade alegou falta de tempo hábil e demora da Polícia Militar de Minas para que jogo fosse realizado com presença da torcida

Pedro Melo
pmelo@hojeemdia.com.br
04/12/2024 às 16:37.
Atualizado em 04/12/2024 às 17:05
 (Lucas Figueiredo / CBF)

(Lucas Figueiredo / CBF)

A Confederação Brasileira de Futebol (CBF) se manifestou, mais uma vez, a respeito da polêmica do jogo Cruzeiro X Palmeiras, nesta quarta-feira (4), no Mineirão, que será com portões fechados. Horas após a Polícia Militar de Minas ter dado coletiva afirmando que garantiria a segurança da partida, a entidade do futebol divulgou o passo a passo das negociações entre clubes e forças de segurança.

De acordo com a CBF, a Polícia Militar enviou, às 00h20 de terça-feira (3),  o Ofício nº 150.Sect/2024 comunicando mudança de recomendação dada anteriormente - para que não houvesse torcidas de Cruzeiro e Palmeiras no estádio - e informando que seria possível a presença de público, que seria garantida a "segurança policial necessária".

Mas, segundo a CBF, o posicionamento foi comunicado em tempo menor que o necessário para liberar a entrada de torcedores e que, por isso, expediu, na manhã desta quarta-feira (4), resposta à polícia mineira (ofício nº 3637) informando não ser possível "operacionalizar a realização da partida com a presença de público". E ratificou que a partida deverá ocorrer com portões fechados, "reafirmando, assim, o privilégio à isonomia entre os clubes participantes da competição", destacou o documento.

Veja a cronologia completa da negociação:

  • Anexo 1 - ofício 3608 de 30 de novembro em resposta a recomendação do MPMG indagando se mantém a recomendação de implementação de torcida única na partida entre Cruzeiro e Palmeiras, no dia 4 de dezembro, no Estádio do Mineirão, em Belo Horizonte, válida pelo Campeonato Brasileiro Série A.
  • Anexo 2 - ofício 3609 de 01 de dezembro em resposta a ratificação da recomendação de torcida única por parte do MPMG que determina que a partida entre Cruzeiro e Palmeiras, no dia 4 de dezembro, no Estádio do Mineirão, em Belo Horizonte, válida pelo Campeonato Brasileiro Série A,seja realizada com portões fechados, sem a presença de torcedores de ambas as equipes.
  • Anexo 3 - ofício 3635 de 3 de dezembro após reunião entre CBF e PMMG solicitando mais uma vez à PMMG a reavaliação de sua manifestação anteriormente emitida
  • Anexo 4 - ofício 3637 de 4 de dezembro em resposta ao ofício nº 150.Sect/2024 onde a PMMG, infelizmente, tardiamente revisou sua posição, passando a admitir a possiblidade de, acaso assim deliberasse a CBF, a partida ser realizada tanto com portões fechados quanto com a presença de público das duas torcidas
  • Anexo 5 - indeferimento em 3 de dezembro do pedido liminar formulado pelo MPMG, através da Ação Pública promovida pelo Ministério Público do Estado de Minas Gerais, de nº 5306615-93.2024.8.13.0024

Entenda o caso

Por conta das brigas entre as torcidas organizadas de Cruzeiro e Palmeiras, o Governo de Minas alegou que a melhor decisão seria que o jogo fosse realizado com torcida única.

A decisão desagradou o Palmeiras, que alegou falta de isonomia, já que o Cruzeiro teve a presença dos torcedores no jogo realizado no Allianz Parque, casa do time paulista.

Por conta da indefinição, a CBF determinou que o jogo fosse realizado com o sportões fechados. O Governo de Minas chegou a entrar na Justiça para reverter a decisão, mas foi vetado. 

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