Uma pesquisa inédita feita pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) mostra que 60% dos diplomatas estrangeiros em atuação no País acreditam que a economia crescerá neste ano. A prioridade do governo, apontam eles, deveria ser a reforma tributária. Essa foi apontada por 63% dos entrevistados como um tema importante a ser tratado na atual gestão.
Em seguida, vêm as reformas política, mencionada por 60% dos entrevistados, a da Previdência (55%) e a trabalhista (50%).
"O diplomata estrangeiro que está em Brasília tem uma visão apurada do cenário econômico e político brasileiro", disse o diretor de Desenvolvimento Industrial da CNI, Carlos Eduardo Abijaodi. "Eles avaliam que a economia brasileira vai melhorar em 2019, mas que é preciso avançar em reformas, sobretudo a tributária."
O Brasil é um ator importante ou muito importante no cenário internacional na avaliação de 69% dos diplomatas. O Brasil tem pouca importância na visão de 3%. Outros 25% disseram ser indiferentes quanto ao peso do País. E outros 3% não responderam.
Das representações consultadas, 35% disseram que seu país tem um comitê bilateral com o governo brasileiro para tratar de temas como o comércio exterior e a política econômica, mas ele não é eficiente. Outros 25% mantêm comitê, mas não souberam avaliá-lo, ou não responderam. Apenas 10% avaliaram de forma positiva esse canal de diálogo. Não há comitê com 30% das representações ouvidas.
As relações com o Brasil podem ser estreitadas para a adoção de medidas de facilitação de comércio e redução da burocracia, na visão de 60% das representações ouvidas. A redução de impostos e a simplificação tributária deve ser prioridade na avaliação de 53%.
Dos entrevistados, 30% disseram que o governo deve buscar novos acordos comerciais. Outros 30% apontaram a promoção de investimentos brasileiros no exterior e de negócios entre companhias brasileiras e estrangeiras como uma linha prioritária de ação.
O órgão de governo com que têm relação mais próxima é o Ministério das Relações Exteriores, com 83% das respostas. Em seguida, vem o Ministério da Agricultura, com 58% e o Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços (MDIC) com 33%. Em quarto lugar vem o Ministério da Defesa, com 20% das menções.
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