O atacante Lucas Pratto já assinou contrato de quatro temporadas com o São Paulo nesta sexta-feira (10) na segunda maior venda da história do Atlético. Apenas Bernard saiu do Galo mais caro. Entretanto, o Galo receberá, de forma imediata, apenas metade do valor total da transferência, que gira na casa dos 12 milhões de euros.
O Galo informou de forma oficial que vendeu 50% dos direitos econômicos do camisa 9 argentino, permanecendo com os 50% restantes. Entretanto, segundo disse o presidente Daniel Nepomuceno ao Hoje em Dia, o São Paulo possui obrigação contratual de adquirir os direitos econômicos que ficaram com o Atlético, em um prazo pré-estabelecido no contrato de venda.
Com isso, o pagamento total feito pelo clube do Morumbi superará as cifras que Jemerson deu aos cofres alvinegros ao ser vendido ao Monaco, em 2016, por cerca de 11 milhões de euros. Este período no qual SPFC terá para comprar os 50% do Galo de Pratto não foi informado.
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'MAIS-VALIA' PRO VÉLEZ E PRO GALO
O Atlético terá de pagar um valor ao Vélez por ter vendido Lucas Pratto. Quando comprou o argentino junto ao time de Liniers, em dezembro de 2014, ficou acordado que o Vélez teria direito a 1/5 do lucro que o Galo obter de Pratto no mercado.
Ou seja, se o alvinegro comprou Pratto por 3 milhões de euros e agora o vende, em um primeiro momento por cerca de 6 milhões (por 50%), terá de repassar 20% destes 3 milhões de diferença entre a quantidade gasta para comprá-lo e as cifras recebidas para vendê-lo.
Esta cláusula, inclusive, agora irá favorecer o Atlético caso o São Paulo resolva vender Lucas Pratto antes do término do contrato que irá até 2021. O Galo terá direito a um valor mínimo de revenda e uma porcentagem do lucro (15%) que o tricolor obter do jogador, em termos de repasse dos direitos econômicos para outra agremiação.
Este valor mínimo se explica da seguinte forma: o São Paulo pode vender Pratto por um valor inferior ao que gastou para comprá-lo, ficando no prejuízo. Neste caso, não haveria a "mais-valia" para o Atlético usufruir, mas o clube garante, contratualmente, não sair de mãos abanando numa futura venda do "Urso".